(in)contidos - O novo livro de Vinícius Fernandes da Silva do PSQC

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segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Domingo (05/10/2008) - Plínio Oliveira

Ontem após votar e almoçar em família um salmão ao molho branco, fui assistir junto com minha mãe, tia, uma amiga de minha mãe e namorada, o "show" do cantor gaúcho, radicado em Curitiba, Plínio Oliveira. Apresentação ocorrida em um centro cultural espírita em Mesquita (RJ), cidade onde resido.

Conheço Plínio da televisão, do programa Tons do Brasil, que era transmitido pela CNT Gazeta. O cantor e compositor dirigia e apresentava este programa musical recebendo convidados com obras conhecidas na música popular brasileira. Lembro que gostava da maneira como ele tocava seu piano e cantava afinadamente suas canções.

Pois bem... depois de tanto tempo e esquecimento de seu nome, tive a oportunidade de vê-lo ao vivo. E para minha surpresa o show que esperava que aconteceria acabou não se confirmando. Na verdade seu show foi uma palestra-musical, com a leitura de textos, poemas, estórias e o relato de sua própria história de vida.

Plínio é espírita (de linha kardecista) e isso é determinante para suas composições, forma e temática artística. Eu não sou espírita, e nem por isso abro mão de conhecer e reconhecer formas diversas de se tentar manifestar uma vida melhor.

A apresentação foi emocionante. Desde os primeiros acordes percebi que teria um baita trabalho para segurar as lágrimas durante a apresentação (e fracassei... elas rolaram*). O cantor e compositor é seguro, excelente pianista e possui uma técnica de oratória e controle de platéia impecáveis. Plínio é afinado e possui uma voz que projeta notas agudas, tem uma extensão tenor e detém um timbre aproximado ao do não menos bom cantor Zé Renato, de quem também gosto muito.

Sua temática primordial é o amor. Suas letras falam de amor e espiritualidade. A mensagem é com base em uma (re)conciliação da vida espiritual com a vida cotidiana.

Esta apresentação poderia ser encarada por muitos como uma palestra de auto-ajuda?
Sim.
Ou que seu repertório seria recheado de canções piegas e melosas?
Talvez sim.
Mas... e daí?

O que realmente posso dizer é que suas canções e oratória me emocionaram profundamente e geraram uma catarse de sentimentos que me deixou anestesiado. E isso é o mais importante para um artista, emocionar seu público, fazendo-o através da estética e conteúdos que escolheu para desenvolver seu trabalho e, assim sendo, ontem à tarde Plínio Oliveira conseguiu o objetivo que todo artista almeja: emocionou a mim e à minha família, parte de seu público naquele momento, e tenho certeza que emocionou a todos que estavam ali presentes.

E para quem quiser conhecê-lo, aí vai o link:

http://www.pliniooliveira.com.br


*Minhas lágrimas foram muito sinceras! Talvez seja melhor retirar o post aí de baixo...

Besos.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Observação 3:

O Choro

Dentre as formas de manifestação dos sentimentos entre os humanos, o choro é um dos elementos mais marcantes e característicos. O fato de nossos órgãos* da visão utilizarem o líquido que os lubrificam para demonstrar (extravasar) tristeza, alegria, raiva, contentamento, melancolia, medo, arrepio, gozo, entre outros, é simplesmente emocionante e único em nossa espécie.

Porém o choro pode conter seus perigos.

Quando trabalhei no setor de passaportes da Polícia Federal no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, de 1999 a 2004, um dos meus antigos e excelentes chefes me fez um ressalva intrigante:

"Cuidado com o choro das mulheres, talvez essa seja a mais eficiente arma de toda a humanidade". Esse comentário causou-me estranheza em um primeiro momento, mas logo depois sua posição foi explicitada. "Você verá a quantidade de mulheres que virão, aqui, chorando, para conseguirem seus passaportes de emergência, na hora exata do vôo (para a confecção do passaporte havia um prazo), ao contrário dos homens, que tentarão conseguir o documento pela conversa, através de argumentos".

Dito e feito.

A quantidade de mulheres que apareciam em nossa sala derramando lágrimas de desespero era absurda. E a atitude de meu chefe era deveras interessante. "Primeiro: PÁ-RA DE CHO-RAR! Parou? Agora vamos tentar resolver o seu problema...". E não é que funcionava! Elas paravam de chorar e lá íamos fazer o passaporte de emergência para elas.

Acredito que as lágrimas são uma forma efetiva e real de expressar os mais diversos sentimentos (Observação 2), mas também aprendi uma lição com esse querido ex-chefe. As lágrimas podem ser um artifício e tanto para uma das formas mais infantis e superficiais de convencimento: a indução da comoção do outro, feita de uma maneira boboca e inverídica.

Portanto... cuidado com o choro delas. Não sou um porco insensível que não se importa com os sentimentos do gênero feminino. Em escolas em que trabalhei vi muitas meninas desmaiadas e realmente passando mal, e ninguém dando a mínima. Sempre ajudei e acudi todas elas. Sempre que vejo alguém ferido ou debilitado na rua, procuro ajudar. E as pessoas que me conhecem sabem disso. Tenho inúmeros casos e exemplos pessoais que também comprovam.

Mas aquela frase de meu amigo sempre ecoa. Se é para chorar, chore de verdade, efetivamente, por não conseguir controlar seus sentimentos mais verdadeiros, bons ou maus. Mas não me use para conseguir o que quer pelo choro, pois terás como resposta:

"PÁRA DE CHORAR! AGORA VAMOS CONVERSAR E TENTAR RESOLVER SEU PROBLEMA".

*Será que pela nova regra ortográfica a palavras "órgãos" vai ter o acento? Hum... tenho minhas dúvidas. Agora vou ter que aprender português mais uma vez, saco!


Besos.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Contagem regressiva

Todo dia é o mesmo dia.
O dia todo o mesmo dia se repete.
O tempo todo.
Todo dia é a mesma cama.
É a mesma cama que me embala, todo dia.
O dia todo.

Foi em um dia desses, um dia todo.
Que resolvi mudar a rotina.
Transformei um dia tolo em gozo.
Tolos foram todos aqueles dias que perdi.
Todas as almas que deixei de sentir.

Agora passo o tempo todo como um bobo.
Bobo ao olhar o céu e sorrir.
Bobo ao olhar a criança e chorar.
Todo para abrir o coração e amar.

Tola foi minha arrogância em não perceber.
Que poeira de via láctea todos somos.
E que os tolos e os bobos, como eu, assim devem continuar.

Todos somos essência de uma mesma matéria.
E na frente do tempo iremos nos condensar,
para quem sabe um dia...

O Universo venha nos varrer em um buraco negro,
e ninguém mais
poder
se
lembrar.


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Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

Tempo tempo tempo tempo*

O tempo é das invenções humanas o elemento mais imprevisível e poderoso que podes imaginar. Talvez porque ele seja relativo, e não duvido disso, sua força sobre as almas se faça de maneira tão complexa e surpreendente. Que o Universo tem uma história, ou histórias, não parece haver dúvidas, talvez algumas muitas, mas o tempo que tu levas para viver e morrer, ah esse tempo tão curtinho e efêmero, é um touro difícil de domar.

O que quero dizer é sobre certezas, verdades que tens como elementais em tua vida, que fundam tua identidade e te fazem verbalizar todas as tuas convicções. Quem nunca falou que esse ou aquele era o melhor amigo, ou que nunca faria isso, que nunca faria aquilo. Mentira. Balela. Esqueces que o tempo pode mudar tudo, inclusive o que acabei de escrever agora. Os amores para sempre, as amizades eternas, as canções mais belas, tudo pode mudar e muda. Parece não ter jeito.

O que é mais difícil, talvez, seja contestar a mudança e sofrer pelo que não se era, mas pelo que se é, pelo agora. O mais importante é entender o porque mudou. As causas e consequências. Se a transformação foi para melhor ou pior, ou se estás usando os parâmetros certos. O problema é que os parâmetros também mudam. E qual é a saída? A saída talvez seja não sofrer. O entendimento das diferenças traz a racionalidade do que não mais se é. Fatores diversos podem influenciar os sentimentos, as sensações, as certezas imediatas. A distância influencia porque altera a relação com o tempo, mas será que é só isso? Muitos outros fatores provocam mudanças, não podem ser controlados.

E no começo de tudo o que parece mais contar nesse tempo que se foi ao tempo que se é, o agora, é a memória, a lembrança de que por algum momento aquela pessoa foi a mais amiga, a mais amada, a mais bela, que aquela situação foi a mais benéfica, aquela canção a mais chorada, a piada mais engraçada. Não falo da memória vazia de sentimentos, da lembrança dos fatos pelos fatos somente. Falo da memória entendida e estendida, compreendida pela qual se fez memória presente. A lembrança dos cheiros, das lágrimas, dos sorrisos, das danças, das viagens, dos perrengues, das dificuldades. Rememorar e buscar as causas que te fizeram ser quem és hoje, agora, neste exato momento, no segundo seguinte em que pensaste ao terminar de ler, talvez, esta pa...la...v...r...a.

O não sofrimento é possível pela certeza das memórias. A verdade só é verdade em tua história, em teu passado, porque somente tu sabes o que realmente viveste. E quando deixares de sofrer pela falta do antigo, terás a certeza de que podes viver feliz, no hoje, e que a mudança se fez presente porque fora necessária.

Não te prendas a mim.
A memória é guardiã de todas as certezas.
Por isso lembres que me ama e viva o hoje de maneira feliz,
porque é assim
que estou tentando viver
para não sofrer.

Tento viver minha mudança
com felicidade,
sem flagelo,
sem me arrepender.
Me ver feliz.

Seguir e mirar o horizonte.
Seguir em frente.
Sem lamentar
o que já se fez.

Andar e caminhar
procurando minha alegria para
somente
feliz
viver.

* Sim, este título é uma referência à canção "Oração ao Tempo" de Caetano Veloso.


Oração ao Tempo (Caetano Veloso)

És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo tempo tempo tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo tempo tempo tempo...

Compositor de destinos
Tambor de todos os rítmos
Tempo tempo tempo tempo
Entro num acordo contigo
Tempo tempo tempo tempo...

Por seres tão inventivo
E pareceres contínuo
Tempo tempo tempo tempo
És um dos deuses mais lindos
Tempo tempo tempo tempo...

Que sejas ainda mais vivo
No som do meu estribilho
Tempo tempo tempo tempo
Ouve bem o que te digo
Tempo tempo tempo tempo...

Peço-te o prazer legítimo
E o movimento preciso
Tempo tempo tempo tempo
Quando o tempo for propício
Tempo tempo tempo tempo...

De modo que o meu espírito
Ganhe um brilho definido
Tempo tempo tempo tempo
E eu espalhe benefícios
Tempo tempo tempo tempo...

O que usaremos prá isso
Fica guardado em sigilo
Tempo tempo tempo tempo
Apenas contigo e comigo
Tempo tempo tempo tempo...

E quando eu tiver saído
Para fora do teu círculo
Tempo tempo tempo tempo
Não serei nem terás sido
Tempo tempo tempo tempo...

Ainda assim acredito
Ser possível reunirmo-nos
Tempo tempo tempo tempo
Num outro nível de vínculo
Tempo tempo tempo tempo...

Portanto peço-te aquilo
E te ofereço elogios
Tempo tempo tempo tempo
Nas rimas do meu estilo
Tempo tempo tempo tempo...


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terça-feira, 23 de setembro de 2008


Emmerdale - The Cardigans

Stockholm Records (1994)


Produtor: Tore Johansson



Quando esse álbum foi lançado eu tinha 15 anos e não tinha a menor idéia que um grupo sueco cantando em inglês estaria laçando uma das compilações mais bacanas que já ouvi, principalmente se relacionada às músicas características e fomentadoras dos anos 1990. Naquela época eu estava começando a me aprofundar nos caminhos da música popular brasileira. E não me arrependo.

Não lembro muito bem o porque de meu interesse pelos Cardigans, e esse interesse é relativamente recente. Sei que desde a minha primeira audição da ultra-mega-popular canção Lovefool, algo despertou esse interesse. Esta música fez parte da trilha sonora (e é tema dos protagonistas) do remake modernoso Romeu e Julieta, com o Leonardo di Caprio, e foi, como disse acima, um mega sucesso. A canção tem um quê de falsa bobice, com Nina Persson (vocalista da banda) cantando com uma voz propositadamente infantilizada e um arranjo que remete o final dos 50 e começo dos 60, mas com uma batida e efeitos já contemporâneos. Enfim... a música é deliciosa.

A partir dessa descoberta fui procurar mais coisas sobre a banda, e gostei. Desde o primeiro álbum, justamente Emmerdale (1994), ao último, Super Extra Gravity (2005), há uma qualidade consistente nas músicas do conjunto de cabelos amarelos. A banda tem uma trajetória segura e relativamente regular dentro do cenário pop. E após ouvir quase todas as canções de todos os discos cheguei à mais sincera conclusão: o melhor mesmo é o primeiro.

Emmerdale (1994)
aponta para uma sonoridade que se tornaria característica para algumas bandas dentro do cenário pop internacional. O rompimento com as experimentações dos sintetizadores dos anos 80 estava claro. Aquela batida seca e forte com letras bem-humoradas ou cínicas também seriam deixadas de lado. Óbviamente que as sonoridades e a(s) música(s) não respeita(m) marcos e datas, os processos e permanências convivem com as novidades.

Os Cardigans trazem à tona uma busca por uma densidade nas letras, quase sempre baseadas em uma uma tristeza persistente (eles são suecos, lembremos) e conjuntamente com essa melancolia criam arranjos pautados em suavidade e sutileza, porém mantendo a tradicional base instrumental do pop-rock: guitarra, baixo, bateria, teclados. A voz doce de Nina ilustra e acentua as notas dessa melancolia, os timbres e climas dos arranjos fazem de acordes e letras unidades harmoniosas. Isso tudo sem perder o apelo pop, o refrão, o assobio da melodia, o rítmo forte da bateria em algumas canções. Talvez a banda norte-americana Weezer seja um paralelo interessante desta época, do início dos anos 90, levando-se em conta todas as particularidades.

Esse pop dos Cardigans foi denominado por muitos como Indie-Pop. É, pode ser. Não me oponho. Porém o caminho iniciado pelo primeiro álbum foi mudando com o tempo. Nada mais natural. Hoje a banda faz um som mais próximo de um Folk-Rock-Pop, ou qualquer outra coisa parecida com o significado que quis buscar com essa sigla. Uma sonoridade baseada em violões de aço e levadas com divisões mais regulares dentro das faixas, com Nina cantando de uma maneira um tanto blusy, quase Country-Rock. Não confundir com blasé. Essa mudança é fundamental para o crescimento de qualquer banda ou artista, mas olhando o percurso e ao caminho trilhado e escolhido, ainda prefiro, pelo menos para eles, o ponto de partida.

O álbum abre com Sick & Tired (Peter Svensson/Magnus Sveningsson)
falando de tristeza e doença, mas com uma incrível levada de cordas, violões e guitarra, e teclado, pautados por uma triste flauta e metal, possívelmente um flughorn. Em Black Letter Day (Svensson/Sveningsson) ouvimos mais melancolia, com um baixo acentuado, teclados e vibrafone, o refrão é lindo e pontuado por guitarra dedilhada e mais vibrafone, um trompete também se faz presente lindamente. In the Afternoon (Svensson/Sveningsson) é uma balada sobre uma tarde triste, arranjo com flauta e a voz doce de Nina contagiando os olhos, marejando-os. Rifs, vribrafone, efeitos de teclado, todos lindamente unidos, música sobre a chegada do inverno e seu clima soturno, contudo sem perder a beleza. Com Over the Water (Svensson/Sveningsson) o rítmo acelera um pouco e temos uma flauta "peruana" infiltrada na canção. Delírios, navios, naufrágios, portos, voar e gritos de socorro, elementos de um quase afogado sonhador. Agora aponto para uma das canções de amor mais lindas que já ouvi nos últimos tempos. União perfeita entre melodia e letra, com um diálogo entre piano e guitarra simplesmente emocionante, estou falando de After All... (Svensson/Sveningsson). Simplesmente linda. Cloudy Sky (Svensson) abre com violoncelo e letra feliz, baladinha pautada por uma boa levada de guitarra e promessas de cores e céu azul, inclusive com anel dourado, nada de chuva.

Na "segunda" parte do álbum abrimos com a canção Our Space
(Svensson/Sveningsson), também com letra romântica, fala sobre medo e relacionamento a dois, com trompete interessante e nada demais no restante da faixa. Rise & Shine (Svensson/Sveningsson) é a música mais famosa e tocada do álbum de estréia dos Cardigans. Afirmo com uma certeza digna. Balada ótima com letra esperta e vibrante. De vez em quando me pego cantando "Rise & shine, rise & shine my sister...". Agora falaremos da grande canção do disco: Celia Inside (Svensson/Sveningsson). Simplesmente deslumbrante. É como se um dia frio de primavera, logo ao amanhecer, pudesse ser traduzido em uma canção, e foi. A letra que diz "so you should give them just what they need, water and poetry" traduz a lindeza do significado, Água e Poesia. É exatamente isso o que queremos para nossas vidas: Água e Poesia (pelo menos o que quero para a minha). E toda a sutileza que o "pedido" traz consigo. Me emociono toda vez que ouço essa canção. Imperdível.

Sabbath Bloody Sabbath
(Geezer Butler/Tony Iommi/Ozzy Osbourne/Bill Ward) é a prova que o Rock também corre nas veias dos suecos, regravação de uma canção da banda Black Sabbath com Ozzy Osbourne nos vocais. Opção bem mais pesada do que o som produzido por nossos amigos nórdicos. Versão em uma baladinha veloz, graciosa e bacana, com solo ótimo de guitarra e contra-ponto com teclado e virafone, leveza pura. Juro que vou procurar a versão original e tentar perceber as diferenças, que espero serem grandes, ou não... Letra existencialista e contestadora. Seems Hard (Svensson) abre com trombone e sinos de forma suave, caminhando para a apoteose do trompete e metais em um refrão falso, e depois retorna para a primeira parte da melodia. Letra que se põe em dúvida pelo que se sabe, ou não se sabe, melhor deixar pra lá. O que conta mais é o arranjo de metais e o final surpreendente, onde todos os instrumentos se misturam quase estourando o volume da caixinha de som e os tímpanos dos ouvintes. Nada melhor do que uma canção chamada Last Song (Sveningsson) para finalizar os trabalhos. E a letra fala de um suícidio, da perda de uma amiga, tristeza, e as estações do ano servem de cenário para quem ficou lembrar de quem se foi. Os suecos não poderiam encerrar o álbum de outra forma. Arranjo orquestral, violoncelo e as cordas delineando a melodia, a voz de Nina mais triste do que nunca, sino soando, uma tristeza traduzida em saudade cantada. Fim do álbum.

Recomendo. É bonito, bem feito, boas letras e melodias, bem cantado e arranjado. Em 2007 ficou por muito tempo em meu mp3. Descubra!

Melhor(es) faixa(s): Celia Inside, After All...
Pior faixa: Our Space.

Observação:
A capa de Emmerdale é uma das coisas mais fofas dos últimos tempos. E tenho dito.

Dêem uma passada no site deles.

http://www.cardigans.com/?sid=default&bfs=1




Besos.

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terça-feira, 16 de setembro de 2008

Vitor Ramil e Marcos Suzano no programa CONVERSA AFINADA, a semana inteira na TV Brasil. A partir das 23:40 h.

Aproveitem e conheçam!


Besos.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Semideuses

Era manhã e chegávamos à base, de onde começaríamos a subir. Havia a sensação de medo, eu via, seríamos capazes de agüentar? Pedra do Sino, quatro horas de caminhada ininterrupta sob o frio que queimava as narinas e o suor sufocante na garganta.

Estávamos em dez, porém só cinco tinham experiência em acampamentos. Eu estava entre eles, na verdade tínhamos um "acordo" entre nós, e neste trato ocorriam momentos de liderança compartilhada sobre os mais jovens. Incentivávamos a todos e a nós mesmos, pois os pés doíam e as costas choravam pelo excessivo peso das mochilas e o apertar dos tênis, e isso era apenas o começo da subida.

Fiquei para trás, junto com os outros quatro "líderes". Engraçado! Os jovens tomaram a dianteira. Estaria eu, com dezenove anos, cansado? Sim, e muito. Pernas arqueadas, mãos trêmulas, vontade de ir ao banheiro, o suor, frio, calor, céu, chão... estava delirando. O último sentimento que pude lembrar foi o medo de não chegar à Pedra, e então o grande momento...

"Chegamos!". E por um segundo, ou melhor, um dez, minha respiração parou. Ficamos nós observando o que para mim era a visão de Deus sobre a Terra. O Rio de Janeiro, a Baía de Guanabara, toda aquela paisagem vista do alto do marco que sinalizava a altura da montanha. Dois mil e seiscentos metros.

Gritávamos, uivávamos, em alguns as lágrimas queriam descer, e só não rolaram pelo medo de se congelarem. Éramos semideuses. Eu era um semideus. Chegamos ao absurdo de ouvir um avião e olharmos para baixo. Rimos. Éramos semideuses. Então olhei para os outros quatro e, por um segundo, ou melhor, uns dez, pensamos a mesma idéia, sorrimos e sem falar uma palavra, sorrimos de novo. Sabíamos que nossa amizade e nossas vidas nunca mais seriam as mesmas.

Éramos semideuses.

(para todos os meus amados amigos)


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sábado, 6 de setembro de 2008

Poema para Ninguém

Este poema é para
Que ninguém leia.

Que ninguém escute.
E que ninguém lua cheia.

Que ninguém goste.
Que ninguém cuspa.

E que ninguém (me) culpe.

Que ninguém ame.

Que ninguém apareça.
E que ninguém reclame.

Que ninguém possa.

Que ninguém enrole.
E que ninguém faça troça.

Que ninguém ria.

Que ninguém cheire.
E que ninguém diga.

Que ninguém escreva.
Mas para que é este poema?

É para que um alguém, que ao menos possa se chamar: "Ninguém!"
Acabe com essa infinda tristeza.


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terça-feira, 26 de agosto de 2008

PARÓDIA I (Escargot)

Um dia vi um caramujo africano cruzando minha rua.
Depois de seis horas e trinta minutos observando a travessia.
Pude confirmar.
Após esse evento.
Minha vida jamais foi a mesma!




CAIXÃO

Siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim. A morte é dura.
A morte é dura.
Dura.
Dura sim.
Dura como uma pilha Duracel.



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A poça profunda

Canso-me da superficialidade. Lembro de um antigo e chato colega mais velho de licenciatura. Ele dizia: “- A juventude passa e perpassa por um processo de adolescentilização”. A princípio trupiquei-me com o referido comentário, depois refleti. Era verdade. Nos ressentimos da seriedade, não da seriedade boba e burra dos velhos antigos antiquados, mas sim da seriedade da vida e das coisas. Paro e penso nos programas vespertinos da tv, nas micaretas, nos bailes funk tão freqüentados por nós jovens. Nada contra o gosto alheio, o meu também é terrível. Penso no que deixamos de ler, ver e ouvir: Pessoa. Drummond. Bandeira. Quintana. Picasso. Van Gogh. Gaudi. Mozart. Pixinguinha. Buarque.
Tantos, tantos.
Lembro então da minha infância (pós 79) e das minhas noites dormidas juntinho com a televisão. Fascinado. Lembro das musiquinhas sofríveis da década de 80 e que eu tanto adorava. E vejo que não dá mais para fugir disto, somos o misto do popular, com um quê de popularesco, e de um mínimo de erudição, erudição buscada com ardor e dificuldade, com quase sofreguidão. Vejo existências tentando lutar para concentrarem, mesmo que num mínimo, alguns conhecimentos deste longo mundo. E vejo almas vivendo somente para responder aos estímulos dessa difícil vida, matrixiando seus corpos e mentes. Como eu queria ser uma dessas almas. Porém vivo angustiosamente na minha eterna superficialidade profunda.


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domingo, 17 de agosto de 2008

Com a cabeça fora do lugar

A prova de que o post OBSERVAÇÃO 2 é pertinente foi o resultado da ginástica brasileira nas Olimpíadas de Pequim. Não, não sou daqueles que torcem contra. Torço pelo Brasil, torço por todos os atletas brasileiros, torço pela Jade, e pelos esportes que desconheço regras e técnicas.

Mas algo ficou claríssimo nestes Jogos, pelo menos para mim: O esporte não é só preparação física! Quando nossos dirigentes e COB irão perceber que a preparação psicológica é tão ou mais importante que o próprio preparo físico e técnico.

Ou alguém acha que a Jade ou o Diego não estavam preparados nos aspectos físicos ou técnicos? Nossos atletas NÃO ESTÃO PREPARADOS PARA A PRESSÃO, PARA SEREM FAVORITOS. Observo atletas pedindo desculpas quando perdem.

Será que não há ninguém em alguma comissão técnica que possa dizer para os atletas: VOCÊS NÃO SÃO O BRASIL!!! Vocês simplesmente "representam" uma bandeira, cores. Vocês possuem torcedores e só. As vitórias são individuais e a maior prova disso é o Michael Phelps.

Ele não nadou pelos EUA, ele nadou por ele. Porque foi ele quem treinou, se esforçou e foi ELE quem assumiu a condição de favorito. Phelps tinha a absoluta certeza de que era o melhor, e foi o melhor. Também tenho a absoluta certeza que ele e o seu país possuem o orgulho mútuo de um representar o outro.

Parece que é este o "fator" que falta aos nossos atletas. Nosso país, o Brasil, não oferece condições dignas para os atletas olímpicos se desenvolverem. O César Cielo treinou sabem onde? Nos EUA! E esta "desvantagem" em relação aos outros países poderia ser utilizada a favor de nossos atletas, da seguinte maneira: "Não tenho nem 1% das condições de um Phelps ou de qualquer outro atleta de um país desenvolvido, por isso... sou muito melhor do que eles, por estar aqui, e irei ganhar essa prova". Estou falando de atletas de alto nível, como nos esportes que temos alguma tradição, como o judô, o volei, o futebol, e um pouco menos a natação e agora a ginástica.

Por incrível que pareça o único esporte que parece não sentir muito isso é a seleção de futebol. Talvez pela nossa tradição e títulos, e pela pressão permanente que nossa seleção recebe. Os jogadores parecem saber internalizar o favoritismo, mas... NUNCA GANHAMOS A MEDALHA DE OURO NO FUTEBOL!

Eu torço, juro que torço. E acho que o Brasil irá ainda avançar muito no esporte de alto rendimento, e, espero, nos esportes individuais (esses sim ganham muitas medalhas). Mas infelizmente estamos a anos-luz de ser uma potência olímpica, e nossos principais problemas começam pela "cabeça".

Temos que, ainda, perder o complexo de vira-latas, como bradou Nelson Rodrigues em um dia triste de 1950.

Sociólogos, antropólogos e, principalmente, psicólogos, uni-vos!

Besos.

NOVIDADE: Agora o PSQC tem um Podcast!

Gente, depois dos variados posts e das diferentes abordagens, o PSQC inovou e acabou de criar o seu Podcast. Acredito que a palavra escrita ganha vida e emoção em contato com a fala, com a voz. Por essa razão resolvi assumir completamente minha cara-de-pau (como todo bom professor que se preze) e gravei áudios lendo alguns de meus textos e lendo algumas palavras que me são caras.

Além da leitura desses textos também postei algumas músicas que andam (ou que sempre andaram) fazendo minha cabeça. Algumas dessas canções possuem resenhas de seus respectivos álbuns, outras jamais terão.

E para começar este Podcast fiz um programa longo, homenageei algumas pessoas queridas (muitas outras serão homenageadas) e postei 5 canções. Não irei descrever a programação para manter a surpresa. Futuramente irei disponibilizar cada nova programação pela secção "Podcast".

E antes de mais nada peço desculpas por algumas cositas: 1) A discrepância entre o volume de minha voz e o volume das faixas; 2) O som de "batida de lábios" no microfone na primeira fala (porque meus lábios batiam no microfone enquanto eu falava = inexperiência do radialista); 3) O susto que vocês certamente terão ao ouvir a última faixa do programa (o volume está muito alto!); 4) Quaisquer outras coisas que eu tenha esquecido de mencionar.

De qualquer forma os senhores travarão contato com minha linda voz rouca de locutor de FM que só tem programas às 04:30 da manhã e também ouvirão todos os erros que um pobre poeta pode cometer quando tem um brinquedinho chamado microfone à sua frente.

Espero que gostem da novidade! E podem fazer seus comentários sobre a programação do Podcast nos posts da secção criada agora, como este que vocês acabaram de ler. Além de seus olhos e corações agora também quero os seus... ouvidos.

Sejam bem vindos!

Besos.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

OBSERVAÇÃO 2:

Acredito que o choro e as lágrimas sejam o reflexo de uma emoção, boa ou ruim, incontrolável ou efetivamente profunda. Agora por favor alguém me responda: POR QUÊ A JADE BARBOSA NÃO PARA DE CHORAR?!?!?!


SE NÃO AGUENTA A PRESSÃO DE SER UMA ATLETA PROFISSIONAL ENTÃO NÃO SEJA!!!

Iniciarei uma campanha: "Alguém faça a Jade Barbosa parar de chorar, cacete!".

Pior do que perder uma medalha ou não ganhar um título é ver alguém sem nenhum preparo emocional para representar qualquer país que seja. A cara de choro dela é a coisa mais chata das Olimpíadas, ô garota chata da porra! E não me venham com o papinho "vai lá e faz melhor". Não escolhi ser ginasta nem atleta, sou professor, sociólogo e tenho um monte de problemas, pressões e alunos chatos para aturar, e não fico com cara de bunda o dia inteiro (só às vezes). A garota chorou até quando chegou em Pequim! Assim não dá.

Desabafei... tô bem agora.


Besos.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Retalhos


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Satolep Sambatown - Vitor Ramil & Marcos Suzano

Universal (2007)



Alguns sobrenomes parecem perseguir quem os carregam. Que o digam os filhos de atletas e artistas famosos. O mais interessante é que no exemplo que irei utilizar nesta resenha, não há uma associação pelo sobrenome, e sim pelo "nome". Explicarei. Vitor Ramil é irmão mais novo da dupla Kleiton & Kledir (reparem que o nome do duo é sem o sobrenome). Irmãos que fizeram sucesso integrando o grupo Almondêgas, na década de 70, e já como dupla nos anos 1980. E estamos aqui repetindo a mesma coisa, usando as mesmas referências, associando sobrenomes com arte, mas isso tem seu motivo. A família Ramil, que é de Pelotas, tem um histórico artístico interessante na produção contemporânea do Rio Grande do Sul.

Vitor sempre procurou dissociar suas percepções e influências musicais do pop feito por seus irmãos mais velhos. Muito de sua obra é pautada por uma melancolia e uma tristeza, peculiares, e com um lirismo argumentativo sobre questões da existência, do cotidiano e das relações amorosas. Percebe-se também a busca, a princípio, por uma identidade e construção de uma estética especificamente sulista, o que se configurou no livro A Estética do Frio (sim, ele tem um livro). Há o apontamento para uma produção musical característica da região, que quase sempre foi subestimada pelo
mainstream da nossa música popular, ficando restrita ao Rio Grande do Sul, com avanços até o Paraná (circunscrito à região Sul) e um pouco em São Paulo.

E as influências se fazem presentes: as milongas da fronteira entre os países portenhos (principalmente com o Uruguai), a música tradicional gaúcha e seus acordeons e estórias, a verve urbana muito característica na música feita no Rio Grande, especificamente em Porto Alegre e adjacências. Todas essas influências melódicas se coadunam com um típico cancioneiro brasileiro, com letras que o aproximam com formas de criação de outros compositores contemporâneos a ele, como Paulinho Moska e Lenine.

E é justamente na citação ao compositor carioca (Moska) que se une o outro elemento de Satolep Sambatown: Marcos Suzano. Este percussionista carioca que iniciou sua carreira tocando samba e choro com o grande instrumentista Paulo Moura, se notabilizou por seu pandeiro que mais parece uma bateria. Uniu-se a Vitor para juntar a força das canções do compositor gaúcho com os "climas" criados pelo seu set inovador e diferenciado.

Através do álbum Móbile (1999), de Moska, Suzano tenta ultrapassar o tradicional arsenal de instrumentos da percussão feita até aquele momento. Passa a gravar batidas de seu grave pandeiro, de pratos e instrumentos para produzir um aumento das batidas por minuto, realizando assim um mix entre a música tocada e o "clima" da música eletrônica. Esse experimentalismo o fez lançar o álbum Flash (2000), que é muito mais um disco de ambiência sonora do que uma proposta focada em canções instrumentais com uma linguagem iconoclasta por faixa.

Satolep Sambatown é a união dessas duas vertentes e formas de sentir e realizar a música popular. O nome Satolep (significa Pelotas ao contrário) ó nome de uma faixa do álbum A Paixão De V Segundo Ele Próprio (1984). Já Sambatown é o título do primeiro álbum solo de Marcos Suzano, lançado em (1996, se não me engano).

E apesar dessas diferenças geográficas e musicais, Satolep Sambatown consegue uma unidade interessante. A aproximação das canções de Vitor a uma leitura mais pop, iniciada em Tambong (2000), seguiu seu percusso e culminou em um excelente repertório, recheado de lindas melodias e letras encharcadas de uma poesia lírica e cínica. O som de Suzano traz um frescor e uma jovialidade que parecem não fazer muito parte dos arranjos anteriores de Vitor (com exceções obviamente), além de algo que o gaúcho não parece ter muito: ginga.

Ah... parece que houve uma certa surpresa com o prêmio de melhor cantor no Prêmio Multishow que Vitor conseguiu pelo voto popular. Um jornal carioca (não lembro qual) soltou uma notinha meio maldosa falando com certo espanto do feito, mas não há espanto, Vitor é excelente cantor. Tive o prazer de vê-lo com Suzano aqui no Rio. Junto com o Moska, é um dos melhores intérpretes dos poucos homens cantores que temos em nossa MPB. E o prêmio pelo voto popular mostra que nosso "gosto" não fica só no óbvio, tem uma tal de internet propiciando novas possibilidades, fazendo as pessoas saírem do "mais do mesmo".

Livro aberto (Vitor Ramil) abre lindamente o disco, com sua letra falando da espera aflita por alguém e com uma cuíca de Suzano que persegue os ouvidos desde o início até o final da faixa. Invento (Vitor Ramil) parece trazer aos nossos olhos as imagens de Pelotas, com suas paixões e histórias do passado. Posteriormente temos, na minha humilde opinião, a faixa mais bela do álbum: Viajei (Vitor Ramil). A melodia deliciosa com um clima esvoaçante e um assobio fabuloso faz você realmente viajar. Me fez. Depois mais uma boa faixa com Que horas não são? (Vitor Ramil), com participação da cantora carioca Kátia B, canção esta com arranjo oriental/árabe totalmente pertinente e canto otimamente casado entre Vitor e Kátia. Depois temos a animadinha O copo e a tempestade (Vitor Ramil), somente com o pandeiro de Marcos Suzano.

A zero por hora (Vitor Ramil) conta com a participação do cantor e compositor hispano-uruguaio Jorge Drexler, e indica o interesse de Vitor pelas canções latinas (ausentes durantes muito anos em nossa produção musical e que parecem estar de volta, felizmente). A história de uma apaixonite e bebedeira em plena Rua Augusta (SP) é ótima, além da referência a Roberto Carlos e de ouvir pela primeira vez Drexler cantando (tentando) em português. 12 segundos de oscuridad (Vitor Ramil/Jorge Drexler) não avança muito em relação a parcerias já feitas pelo uruguaio com outros compositores brasileiros. A ilusão da casa (Vitor Ramil) é uma regravação desnecessária de uma faixa de Tambong, mas a canção é legal. Café da manhã-D’après Prévert (Vitor Ramil) é uma daquelas em que ironia e boa pegada no refrão faz uma canção ser muito bacana. Por fim temos um poema de Emily Dickinson musicado por Ramil, The word is dead (Vitor Ramil/Emily Dickinson), rapidinha mas gostosa (hum...), e para fechar temos Astronauta lírico (Vitor Ramil) com um lirismo (proposto no título) citadino como despedida, com pensamentos no céu.

Bom, como este blog é meuzinho e entre meus pitacos musicais e artísticos, em geral, tem muito das minhas referências e preferências, decidi criar na secção Acordes a(s) melhor(es) e a(s) pior(es) faixa(s). Isso não significa que o meu gosto define se aquela canção ou arranjo são ruins ou maravilhosos, mas aponta somente as faixas que se encaixam mais aos meus parâmetros sensoriais e afetivos. Então vamos ao começo (ou ao final?).

Melhor faixa: Viajei.
Pior faixa: 12 segundos de oscuridad.


Observação: Carla, minha senhora, diz que não gosta muito de Astronauta lírico e que gosta um pouco menos de 12 de oscuridad, e que o restante do álbum é bom pacas!


Quer saber um pouco mais do Vitor Ramil? Entra no site dele. O Marcos Suzano infelizmente ainda não tem homepage.


http://www.vitorramil.com.br/


Besos.

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Vinícius Silva é poeta, escritor e professor, não necessariamente nesta mesma ordem. Doutor em planejamento urbano pelo IPPUR/UFRJ, cientista social e mestre em sociologia e antropologia formado também pela UFRJ. Foi professor da UFJF, da FAEDUC (Faculdade de Duque de Caxias), da Rede Estadual do Estado do Rio de Janeiro (SEEDUC) e atualmente é professor efetivo em sociologia do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Criou e administra o Blog PALAVRAS SOBRE QUALQUER COISA desde 2007, e em 2011 lançou o livro de mesmo nome pela Editora Multifoco. Possui o espaço literário "Palavras, Películas e Cidades" na plataforma Obvious Lounge. Já trabalhou em projetos de garantia de direitos humanos em ONG's como ISER, Instituto Promundo e Projeto Legal. Nascido em Nova Iguaçu, criado em Mesquita, morador de Belford Roxo. Lançou em 2015, pela Editora Kazuá, seu segundo livro de poesias: (in)contidos. Defensor e crítico do território conhecido como Baixada Fluminense.

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