(in)contidos - O novo livro de Vinícius Fernandes da Silva do PSQC

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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Sobre enterrar avós, por Paula Rúbea


Apesar de se tratar de um momento triste e irremediável, não há como não se emocionar com a beleza e a sutileza desse texto.



Sobre enterrar avós

Fui ao enterro de três avós
Nenhuma era minha avó.
A primeira me disseram que era minha avó,
Me garantiram mesmo,
mas não era não e eu nada senti.
A segunda era minha avó,
Mas me contaram muito tarde,
E também nada senti.
A terceira disse que era minha avó
Mas supresa,
ela era minha mãe!
Como dói perder a mãe.




Cheiros claros para sua vovó.


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domingo, 4 de julho de 2010

E-SESSION (Carla e Vinícius) - Vejam e Comentem!



Gente, é o seguinte: Eu e Carla (minha noiva) fomos sorteados para uma sessão de fotos com a fotógrafa Marina Lomar. Realizamos este ensaio na famosa e folclórica Feira de São Cristóvão, no Rio de Janeiro.

As fotos já estão no blog de Marina, e o que é melhor... Se estas fotos receberem muitos comentários, poderemos ganhar mais de 100 fotos deste lindo ensaio.

Portanto peço uma ajudinha dos amigos a esses noivinhos apaixonados e felizes.

Comentem em:

http://marinalomar.com/?p=1745

Desde já agradeço os olhos e o carinho de vocês.





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Besos.

sábado, 3 de julho de 2010

03:47 a.m

O doutor havia receitado tudo o que era mais chavão na medicina contemporânea. Querem saber? Bons hábitos: Dormir cedo, parar de tomar Coca-cola, atividade física, transar uma vez ao dia (um plus), não levar trabalho para a casa.

Porém o problema é muito mais grave do que um resumido atestado de bons modos com o corpo. A noite é minha companheira desde criança. Desde os programas televisivos que acompanhei, até os livros e textos que passei a escrever com a amiga madrugada. Vivo minha solidão acompanhada de letras, filmes e a lua, cheia ou não.

Mas minha companheira de anos também se tornou uma malévola parceria. Explico: Noites viradas, refeições trocadas, trabalhos mal feitos, lembranças apagadas... E qual solução para meu prazer e tormento?

“Chá de camomila”. “Passa três dias acordados que o sono vem”. “Conta carneirinhos”. Nada. E finalmente veio a solução final.

São eles. Sim. Os famosos remédios para dormir. Mas não, não os quero! Não quero perder o controle, os sentidos. Ser um zumbi narcotizado. Prefiro ser refém da insônia.

Enfim...

Consegui! E exatamente neste momento encontrei a saída. Agora, sim, agora, neste instante, às 03:47 da manhã assumo que meu destino é não dormir e terminarei minha vida assim, exatamente assim, e são nessas as palavras que coloco meu ponto final. Porque a noite, essa danadinha, não tem, não tem mesmo... fim. Não para mim.



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Haha pra ti, Copacabana!


O ônibus corre:

E a profecia não se realizou! As águas não te inundaram e os monstros marinhos não comeram a cabeça de ninguém, nem a minha. Nem as donzelas nem os rapazes pararam de perfilar seus corpos quase nus diante do vai-e-vem das curvas de suas pedras. Pedrinhas lusitanas. Os edifícios continuam a arranhar os céus em tons de cinza cada dia mais cinzentos, continuados e eternos.

O coletivo sacoleja em um buraco:

Haha pra ti, Copacabana! Tua coroa de princesa continua intacta e os velhinhos andam sobre tuas baratas e baratos, nas ribeiras de teu nome. E ainda hoje tu resistes Copacabana! Com tuas ruas cheias de vida e de morte, luzes e ribaltas, músicas e sussurros. Teu profeta que tanto te odiou e amou em palavras, amou e odiou em vida, talvez tivesse razão. Teus pecados deixariam Sodoma e Gomorra de cabelos em pé, sem que a Medusa sentisse o menor remorso em emprestar seus cachos de cobra e petrificar-te em rochas infindas.

E o sonho prossegue:

Haha pra ti, Copacabana! Como querer a ti se tu só me trazes cansaço e alegria, desgraças e vida...

De repente a voz do cobrador chama o poeta sonhador:

- Senhor! Acorda, acorda, já chegamos ao ponto final.

O homem desce do aparelho andante, passa pela placa que diz “Posse-Nova Iguaçu”, cruza o lixão vizinho à sua residência, enfia a chave na porta e fala baixinho:

- Haha pra ti, Copacabana!


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Obvious Lounge: Palavras, Películas e Cidades

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Agora também estamos no incrível espaço de cultura colaborativa que é a Obvious. Lá faremos nossas digressões sobre literatura, cinema e a vida nas cidades. Ficaram curiosos? É só clicar na imagem e vocês irão direto para lá!

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Palavras Sobre Qualquer Coisa - O livro!

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Para efetuar a compra do livro no site da Multifoco, é só clicar na imagem! Ou para comprar comigo, com uma linda dedicatória, é só me escrever um email, que está aqui no blog. Besos.

O autor

Vinícius Silva é poeta, escritor e professor, não necessariamente nesta mesma ordem. Doutor em planejamento urbano pelo IPPUR/UFRJ, cientista social e mestre em sociologia e antropologia formado também pela UFRJ. Foi professor da UFJF, da FAEDUC (Faculdade de Duque de Caxias), da Rede Estadual do Estado do Rio de Janeiro (SEEDUC) e atualmente é professor efetivo em sociologia do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Criou e administra o Blog PALAVRAS SOBRE QUALQUER COISA desde 2007, e em 2011 lançou o livro de mesmo nome pela Editora Multifoco. Possui o espaço literário "Palavras, Películas e Cidades" na plataforma Obvious Lounge. Já trabalhou em projetos de garantia de direitos humanos em ONG's como ISER, Instituto Promundo e Projeto Legal. Nascido em Nova Iguaçu, criado em Mesquita, morador de Belford Roxo. Lançou em 2015, pela Editora Kazuá, seu segundo livro de poesias: (in)contidos. Defensor e crítico do território conhecido como Baixada Fluminense.

O CULPADO OCUPANDO-SE DAS PALAVRAS

Contato

O email do blog: vinicius.fsilva@gmail.com

O PASSADO TAMBÉM MERECE SER (RE)LIDO

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