(in)contidos - O novo livro de Vinícius Fernandes da Silva do PSQC

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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Lançamento de O ASTRONAUTA, de Rodrigo Queiroz



Sinopse: "O Astronauta é uma história de esperança, amor, amizade e perda. Uma história emocionante e avassaladora, e que tem o poder de nos libertar da dor e nos entregar de bandeja a certeza de uma magistral narrativa, aliada ao talento nato do jovem escritor Rodrigo Queiroz."

Rodrigo J. R. Queiroz, 20 anos, libriano, noivo, carioca, estudante de Filosofia da UFRRJ, Potterhead, Tolkienmaniaco, e amante de heavy metal. Peguei o prazer pela leitura aos nove anos, quando li meu primeiro livro, O pequeno príncipe, e desde então comecei admirar a arte de escrever. Comecei a escrever O Astronauta em 2009 e só terminei em 2012. No final de 2013 recebi a proposta de lançar um livro, comecei a escrever outro, e minha noiva, que já tinha lido O Astronauta, insistiu para que eu o mandasse para a editora. Então eu o revisei, modifiquei algumas coisas e o mandei. Tudo foi dando certo e aqui estamos a menos de um mês do lançamento.

O lançamento ocorrerá dia 20 de Agosto da sede da Editora Multifoco. 
Endereço Av. Mem de Sá, 126 - Centro, Rio de Janeiro - RJ, 20230-152. Tel.:(21) 2222-3034.

E para a noooooooooooooooossa alegria, Rodrigo Queiroz é meu primo e orgulho!
Não percam!

O PSQC recomenda!




Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

O corpo morto

Já velei e enterrei muitos corpos. Muito mais do que gostaria, menos do que irei velar e enterrar ainda. Uma lição aprendida pelos ensinamentos de minha mãe é que se podemos estar juntos nas alegrias, então temos a obrigação de estarmos juntos na partida, final. Mas por que ir ao morto se morto ele está? A morte é a morte, mas a morte é também um ritual. Um ritual onde os olhos se cruzam, os encontros acontecem, as lágrimas brotam, os sussurros são ouvidos, os gritos são lancinantes.

Já velei e enterrei parentes, amigos e vizinhos. Para cada um desses rituais, para cada uma destas despedidas, um sentimento único, pois cada corpo morto reflete o que se sente sobre ele. Já chorei sobre caixões, já peguei nas mãos, já beijei o rosto, já acariciei os cabelos, já segurei a emoção, já calei, já chorei no dia seguinte, já morri um pouco com todos eles.  

Talvez o que mais me incomode em nosso eterno desconhecimento sobre a morte é o sentimento de pena pelo corpo morto, como se ele em si fosse indigno por ter morrido. Explico. Um corpo morto não é inteiro, é parte de algo que existiu em sua completude, em sua totalidade, mas que agora jaz em uma parcialidade degenerativa, finda. Mas nossos olhos nos enganam, e pensamos que eles estão ali sãos, e que podem acordar em um breve abrir de olhos depois a uma fiel súplica ao pé do ouvido. Não, não acordarão, não reviverão.

Digo isto porque acredito que não devemos sentir pena daquele corpo, porque quem se foi não é responsável por sua própria morte, mesmo quando é, no caso dos que escolhem partir por si mesmos. Pena não é um sentimento nobre que possamos transmitir a quem um dia amamos, respeitamos ou conhecemos. A questão é que o corpo morto revela toda a nossa finitude, o corpo em si demonstra para nós o quão à merce ficaremos depois do fim da vida. Talvez esta sensação apenada seja a percepção de nossa própria fragilidade diante da existência.

Então choremos, desesperemos a falta, a saudade, a brevidade de quem queremos sempre ao nosso lado, para o impossível sempre.

Mas sem ter pena de quem partiu.
Porque em nossas lembranças e lágrimas, devemos ter sentimentos mais belos para nossos mortos.
Eles merecem.  



Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

sábado, 12 de julho de 2014

O choro de uma nação



Inicio este texto com uma afirmação:

A seleção brasileira de futebol não é o Brasil!

No dia 08 de Julho de 2014, às 19h, final do jogo semifinal da Copa do Mundo entre as seleções de futebol que representam o Brasil e a Alemanha, uma nação chorou.

A nação brasileira chorou, e podemos tentar descobrir 7 motivos para este extravasamento:



1 - Chorou ao ver os protestos iniciados a partir do dia 12 de Junho (início da Copa) serem violentamente reprimidos e impedidos pelas Polícias Militares dos Estados-sedes;

2 - Chorou ao ver o professor Pedro Guilherme Freire, professor da rede estadual do Rio de Janeiro, ser arrastado e espancado cruelmente por policiais militares sem ter praticado nenhum ato ilícito ou suposto crime no dia 12 de Junho de 2014;

3 - Chorou ao saber que professores são as atuais vítimas preferenciais das PM’s, obviamente que depois de pretos, mestiços, jovens, pobres e favelados, em sua maioria moradores de áreas “pacificadas” por fuzis e soldados;

4 - Chorou ao saber que em plena democracia temos territórios de exceção, principalmente áreas favelizadas onde cidadãos(?) são revistados, aviltados e julgados por tribunais militares, e a mídia corporativa e democrática parece não se interessar muito sobre isso;

5 - Chorou ao saber que o senhor Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, MENTIU ao afirmar que os protestos, legítimos pelos gastos e crimes praticados para a realização da Copa do Mundo FIFA 2014, eram bem-vindos para a democracia brasileira pouco antes do início do evento;

6 - Chorou ao lembrar dos presos políticos e dos flagrantes forjados em São Paulo. Das 10,8 mil famílias desalojadas (segundo dados estatais) ou 250 mil pessoas (segundo dados de movimentos sociais) pelas obras dos Grandes Eventos;

7 - Chorou ao saber que o corpo de Amarildo ainda continua desaparecido e que o IPM (Inquérito Policial Militar) INOCENTOU TODOS os policiais envolvidos em sua tortura, morte e desaparecimento. Que o sangue das costas arrastadas de Márcia parece estar incrustado no asfalto das ruas de Madureira e que nunca mais sairá de lá.


No dia 08 de Julho de 2014 a seleção brasileira de futebol foi goleada por 7 x 1 pela seleção alemã. Como disse acima “a seleção brasileira de futebol não é o Brasil!” e ao reescrever esta frase é também difícil não lembrar a citação de um famoso técnico futebolístico brasileiro que uma vez disse que “a bola pune”, neste caso não posso deixar de parafraseá-lo com uma outra frase-efeito, transmutando-a em “a opressão pune”. 

E para finalizar este texto e as citações, termino com:

“Gostou, gostou! Não gostou? Então vá para o inferno!” (Luiz Felipe Scolari).


Vinícius Silva é poeta, escritor e professor, não necessariamente nesta mesma ordem. Doutor em planejamento urbano pelo IPPUR/UFRJ, cientista social e mestre em sociologia e antropologia formado também pela UFRJ. Foi professor da UFJF e atualmente é professor titular em sociologia do Colégio Pedro II no Rio de Janeiro. Criou e administra o Blog PALAVRAS SOBRE QUALQUER COISA desde 2007, e em 2011 lançou o livro de mesmo nome pela Editora Multifoco. Já trabalhou em projetos de garantia de direitos humanos em ONG's como ISER, Instituto Promundo e Projeto Legal. Nascido em Nova Iguaçu, criado em Mesquita. Defensor e crítico do território conhecido como Baixada Fluminense.   



Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

Obvious Lounge: Palavras, Películas e Cidades

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Agora também estamos no incrível espaço de cultura colaborativa que é a Obvious. Lá faremos nossas digressões sobre literatura, cinema e a vida nas cidades. Ficaram curiosos? É só clicar na imagem e vocês irão direto para lá!

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Palavras Sobre Qualquer Coisa - O livro!

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O autor

Vinícius Silva é poeta, escritor e professor, não necessariamente nesta mesma ordem. Doutor em planejamento urbano pelo IPPUR/UFRJ, cientista social e mestre em sociologia e antropologia formado também pela UFRJ. Foi professor da UFJF, da FAEDUC (Faculdade de Duque de Caxias), da Rede Estadual do Estado do Rio de Janeiro (SEEDUC) e atualmente é professor efetivo em sociologia do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Criou e administra o Blog PALAVRAS SOBRE QUALQUER COISA desde 2007, e em 2011 lançou o livro de mesmo nome pela Editora Multifoco. Possui o espaço literário "Palavras, Películas e Cidades" na plataforma Obvious Lounge. Já trabalhou em projetos de garantia de direitos humanos em ONG's como ISER, Instituto Promundo e Projeto Legal. Nascido em Nova Iguaçu, criado em Mesquita, morador de Belford Roxo. Lançou em 2015, pela Editora Kazuá, seu segundo livro de poesias: (in)contidos. Defensor e crítico do território conhecido como Baixada Fluminense.

O CULPADO OCUPANDO-SE DAS PALAVRAS

Contato

O email do blog: vinicius.fsilva@gmail.com

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