(in)contidos - O novo livro de Vinícius Fernandes da Silva do PSQC

(in)contidos - O novo livro de Vinícius Fernandes da Silva do PSQC
(in)contidos - O novo livro de Vinícius Fernandes da Silva do PSQC. Saiba como adquirir o mais novo livro de Vinícius Silva clicando nesta imagem

quinta-feira, 23 de julho de 2009

terça-feira, 21 de julho de 2009

soprar


Névoa, névoa.
Ludibriada mente.
Meio zumbi.
Meio gente.

Névoa, sono.
Metade vida.
Metade sonho.

Sono, sonho.
Sopro intenso.
Imenso dano.
Tentar, tentar.
E nada some.
Tudo insone.

Acorda, acorda.
E vai pra vida.
Porque viver perdido.
Na eternidade.
Das sombras.

Te devora lentamente.



Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

domingo, 19 de julho de 2009

somenos*


Vivo minha vida mesquinha de invejas e misérias.

Quero o mundo aos pés.
Quero os pés do mundo.
Quero tudo.
Quero muito.

Mas que estúpido.
Estúpido!

Continuo a viver, desde sempre, por fim fortuito.
E continuo invejando, praguejando.
Sendo chinfrim, carrego meu luto.


Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.



*somenos (ê)
adj. 2 gén.
1. Que vale menos que outro.
2. Inferior.

domingo, 12 de julho de 2009

o sentido das coisas


A luz encerra seu expediente.
O ambiente dá as boas vindas à escuridão.
Nada mais há.
Só a sala esquecida em seus retalhos.

A tela da máquina divide seu espaço na mesa.
O porta retrato contém a imagem do casal.
O significado das coisas.
As coisas.

A caneta repousa em cima do papel branco rasgado ao meio.
A tinta nela contida está prestes a derramar-se.
Pronto.
Gotas pingam sobre a face que até pouco alva estava.

Permanecem empilhados um sobre o outro.
Agenda.
Caderno.
Grampeador.

Todos ali.
Existindo.
Na ausência.
Agora frestas de luz chegam do poste que por perto pisca.

Pisca.
Pisca.
Uma formiga.
Jantava um grão da bala derretida e esquecida dentro da gaveta aberta.

Caminha.
Em sua velocidade de formiga.
Tropeça no apontador.
E continua.

Passa em frente à caixa que contém os rostos do casal.
Imune à imagem que reflete a pouca luz que ali existe.
Um grampo cai ao chão.
Resvala na lixeira.

O ruído de sua queda não chega a ninguém.
A formiga com seus ouvidos de formiga não ouve.
O casal da foto olha para frente e vê a maçaneta.
A maçaneta não sabe de sua existência.

Ninguém sabe o que pensavam no momento em que posaram para o retratista.
Nem a formiga.
Nem a tela.
Nem a caneta.

A tinta negra escorre e também chega ao chão.
Perto do grampo caído.
Estão próximos.
O grampo não sabe da existência do negro líquido, não sabe que é negro.

O mosquito toca com suas presas o rosto da mulher.
Não sabe que sangue ali não há.
Ninguém sabe o que pensavam no momento em que posaram para o retratista.
Não sabe.

A formiga morre ao cair do grampeador empilhado sobre a mesa.
O ruído que seu corpo fez ao cair ao chão ninguém ouve.
Nem o grampo.
Nem o mosquito.

O mosquito zumbe em seu vôo de fome.
Ninguém escuta.
Nem a tela.
Nem a caneta.

As frestas de luz ficam mais fortes.
O Sol lança seu perfume quente sobre as coisas.
Mas o Sol não sabe da tinta derramada, da formiga morta, do mosquito faminto.
O Sol somente aquece.

Chegam.
A lâmpada é acesa.
A porta é aberta.
O chão é pisado.

E agora?
Neste momento.
Neste exato momento.
Tudo.

Todos.
Formiga, grampo.
Mosquito.
Coisas.

Tudo sentido faz.


Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Reportagem sobre o SERH (Bom Dia Rio - 08/07/09)


O link abaixo é uma reportagem feita pelo Bom Dia Rio-RJTV, realizada pelo departamento de jornalismo da Rede Globo, matéria vinculada no dia 08/07/09.


(o nome do link é horrível, admito, mas isso é com a Rede Globo)


Acho que é um pequeno apanhado sobre o meu trabalho, de meus companheiros de labuta, e principalmente sobre o SERH - Serviço de Educação e Responsabilização de Homens Autores de Violência de Gênero. Que tem obtido excelentes resultados com homens em situação de violência doméstica, sejam eles encaminhados pela justiça, convidados ou voluntários.

NÃO É VÍRUS! FIQUEM TRANQUILOS!

Qualquer dúvida ou esclarecimento sobre o serviço, é só entrar em contato comigo.


Besos e muito amor nesta vida para todos.

Obvious Lounge: Palavras, Películas e Cidades

Obvious Lounge: Palavras, Películas e Cidades
Agora também estamos no incrível espaço de cultura colaborativa que é a Obvious. Lá faremos nossas digressões sobre literatura, cinema e a vida nas cidades. Ficaram curiosos? É só clicar na imagem e vocês irão direto para lá!

(in)contidos - O novo livro de Vinícius Fernandes da Silva do PSQC

(in)contidos - O novo livro de Vinícius Fernandes da Silva do PSQC
Saiba como adquirir o mais novo livro de Vinícius Silva clicando nesta imagem

Palavras Sobre Qualquer Coisa - O livro!

Palavras Sobre Qualquer Coisa - O livro!
Para efetuar a compra do livro no site da Multifoco, é só clicar na imagem! Ou para comprar comigo, com uma linda dedicatória, é só me escrever um email, que está aqui no blog. Besos.

O autor

Vinícius Silva é poeta, escritor e professor, não necessariamente nesta mesma ordem. Doutor em planejamento urbano pelo IPPUR/UFRJ, cientista social e mestre em sociologia e antropologia formado também pela UFRJ. Foi professor da UFJF, da FAEDUC (Faculdade de Duque de Caxias), da Rede Estadual do Estado do Rio de Janeiro (SEEDUC) e atualmente é professor efetivo em sociologia do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Criou e administra o Blog PALAVRAS SOBRE QUALQUER COISA desde 2007, e em 2011 lançou o livro de mesmo nome pela Editora Multifoco. Possui o espaço literário "Palavras, Películas e Cidades" na plataforma Obvious Lounge. Já trabalhou em projetos de garantia de direitos humanos em ONG's como ISER, Instituto Promundo e Projeto Legal. Nascido em Nova Iguaçu, criado em Mesquita, morador de Belford Roxo. Lançou em 2015, pela Editora Kazuá, seu segundo livro de poesias: (in)contidos. Defensor e crítico do território conhecido como Baixada Fluminense.

O CULPADO OCUPANDO-SE DAS PALAVRAS

Contato

O email do blog: vinicius.fsilva@gmail.com

O PASSADO TAMBÉM MERECE SER (RE)LIDO

AMIGOS DO PSQC

As mais lidas!