(in)contidos - O novo livro de Vinícius Fernandes da Silva do PSQC

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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A parábola dos derrotados




Era uma vez dois sujeitos que moravam na mesma rua, mas nunca foram muito amigos, na verdade amigos nunca foram. Um se chamava Pequeno-ágil, o outro de nome Valentão. Um dia Pequeno-ágil se enche de coragem e decide entrar em uma briga com Valentão, que é muito mais forte e que faz bullying com ele há muitos e muitos anos. Pequeno-ágil está de saco cheio e chama o cara para a "porrada".

Valentão é um tanto covarde e chama seus amiguinhos, os Valentinhos, para o proteger no início da luta. Obviamente que de começo Pequeno-ágil apanha a beça, toma cassetadas, pancadas, choques e até bombas. Mas é veloz e persistente. A briga começa a ficar "boa", apesar das notórias diferenças, e quando Valentão efetivamente entra na peleja, começa a dar sinais de que também pode se machucar.

Marrento e arrogante, Valentão mantém a pose, mas começa a perceber que os pequenos golpes desferidos por Pequeno-ágil vão lhe machucando lentamente e minando sua base, sua áurea de invencível. Mesmo assim Valentão é muito forte e se mantém em pé. Pequeno-ágil também está muito machucado, sangrando e mancando, mas de alguma maneira também consegue se manter de pé, mesmo com muita dificuldade. 

De repente entra em cena Fortão, outro vizinho da rua, de família rica, o que fez com que ele pudesse passar muitos anos na academia estudando e malhando. Fortão não tem muita afinidade pelo o que está sendo disputado, pelo motivo da briga, mas também está cansado de ver essa bagunça em sua rua. Fortão gosta de colocar ordem nas coisas. Então chega aos briguentos e diz: "Ei, vocês dois, eu não tenho nada a ver com isso, mas tô afim de dar uma ajuda pra vocês acabarem com essa briga". Pequeno-ágil está cansado e muito machucado, e acha que não tem muita saída, e logo aponta que quer a ajuda do intermediário poderoso. Fortão chama Valentão e Pequeno-ágil para a calçada e começa a negociar o fim da briga. Depois de muitas discussões e gritos... Chegam a um acordo!

E o acordo diz: Pequeno-ágil terá que pedir desculpas a Valentão e como recompensa receberá um kit de primeiros-socorros para curar todas as feridas e machucados adquiridos na disputa.

Moral da História 1): "Se não aguenta, por que entrou na briga?". 
Moral da História 2): "Se é pra brigar, que seja até o fim!".

Deixe sua Moral da História aqui também, estamos abertos para o final que você desejar ou que a própria História se colocar:


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sábado, 12 de outubro de 2013

Bento

Quando vi a foto do rebento de meus amigos João Lossio e Mariana logo pensei qual presente poderia dar. Decidi dar um presente único e que se relacionasse com minha amizade com João. Alguns anos atrás, quando nos conhecemos, nossa amizade se consolidou através da música e da poesia. E quando fui rascunhar as primeira palavras, para meu espanto, veio também uma melodia. E assim dei vazão às duas inspirações e acabei criando um poema/letra para uma melodia, gerando assim uma canção.

Esta canção leva o nome do filho de João e Mariana, mas também pode ser ofertada para todas as crianças que nasceram por agora, para as que virão e para os que são eternamente crianças, ou que pelo menos tentam. Ao final do poema vocês poderão ouvir a canção cantarolada por mim.

Por favor perdoem minhas desafinadas (como sabem não sou profissional da música) e para quem pensar "usurpar" a melodia, pode tirar o cavalinho da chuva, pois a canção já está registrada.

Sinceramente, espero que gostem.


Bento abotoa o riso na minha cara
Traz de longe um choro que não cala
Vai e me lembra que a vida responde
As perguntas que não sei de onde.

Vem brincar pra me dizer
Que o amor me escolheu
O luar vem me brindar
Com que o sol vai revelar...

Bento abotoa o riso na minha cara
Traz distante um brilho que não cessa
Você não sabe que trago em meu peito
Tudo que tenho pra ti ofereço.

Vou cantar e não esquecer
Que você apareceu
Te ninar me faz lembrar
Do carinho que vou te dar...

Bento abotoa o riso na minha cara
Traz de longe
Um'alegria
Que não
Para.








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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Democracia só é Democracia se for exercida!


Manifestação a favor da educação pública e dos professores. 
Pelo fim da violência da PM!










In memoriam de Emílio Araújo.


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domingo, 6 de outubro de 2013

O Chefe: uma história verdadeira






















Imagem: Google

Fiz meu curso de graduação em ciências sociais e mestrado no renomado IFCS (Ifiquisss). Oficialmente conhecido como Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Adentrei ao curso no segundo semestre do ano dois mil, porém não sei precisar exatamente o ano em que esta história aconteceu, só sei que foi obviamente antes da morte da personagem principal, que não sou eu e que vocês saberão logo quem é.

Nunca tive tempo para me socializar com meus amigos de curso ou ficar de bobeira no centenário e histórico prédio situado no Largo de São Francisco de Paula, que é nomeado desta forma porque justamente ao lado do IFCS, há a bela igreja de mesmo nome. Nesta praça, ou largo, que possuiu estes dois prédios históricos há também, ao centro, a estátua esverdeada e cheia de cocô de pombo de José Bonifácio de Andrada e Silva, o patriarca da independência.

Mas como estava dizendo, nunca pude tomar uma cerveja com os amigos por três motivos: o primeiro é que eu morava na Baixada Fluminense, e nem sempre podia ficar muito tarde na rua porque teria que percorrer um longe trajeto de volta ao lar; o segundo porque trabalhei durante toda a minha graduação no aeroporto internacional do Galeão, na Ilha do Governador, e tinha que conciliar trabalho e o curso; e o terceiro e mais importante, eu não bebo cerveja.

Esta história começa quando um dia, depois das aulas da manhã, saio correndo para pegar o ônibus e ir para o aeroporto trabalhar. Mas quando desço as escadarias do IFCS, vejo um aparato incrível à minha frente. Muitos utilitários pretos cercavam a praça, e muitas, mas muitas pick-ups da Polícia Militar (antigamente eram as Blazers, não sei se ainda são) guardavam o perímetro. Eu e alguns colegas não sabíamos o que pensar. Seria uma operação militar? Algum bandido fugia? Que chefe de Estado aquele santuário estava recebendo? Ficamos ali matutando... até que de repente vimos um movimento brusco que vinha da igreja de São Francisco, ao nosso lado direito. Algumas pessoas saiam da igreja, homens de terno, óculos escuros e fones de ouvindo, tipo James Bond, e nós lá, intrigados. Porém em alguns instantes, descendo as escadas da construção sagrada surge um senhor, sim, um senhor idoso e calvo, porém parecendo bastante disposto e altivo, moreno, bigode e alguns cabelos brancos. Ficamos reparando, reparando e... matamos a charada! Sim, era ele, ELE!

Ele e sua esposa adentraram a uma das picapes pretas, e seguidos por todos os seus seguranças e também pelos inúmeros carros da Polícia Militar destacados para ali protegê-lo, deu a volta lentamente no Largo de São Francisco de Paula. Alguns de meus colegas decidiram descer para tirar um sarro e foram correndo mostrar o dedo médio para aquele senhor em seu carro preto blindado de vidro fumê. Eu não fui, fiquei mais atrás, mas achei engraçado e fiquei rindo da disposição e da sacanagem deles. Mas por algum motivo não fui e não mostrei o dedo e não xinguei. Fiquei mais distante, observando e pensando, pensando e vendo todos aqueles carros da polícia, todos, muitos, azuis e brancos e suas sirenes vermelhas. Muitos carros brancos e azuis e suas sirenes vermelhas. Carros azuis e brancos e suas sirenes vermelhas.

Mas agora, muitos anos depois, essa história me volta e me vem à memória de maneira clara e límpida, porque, hoje, ela faz todo o sentido, todo o sentido. Quem ali estava? Quem estava ali? Sim, era um chefe de Estado, o Doutor, o Imortal, sim era o...Chefe. Era... Roberto Marinho.


Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

Eu e o PSQC no Fora de Área, no SESC Tijuca, 28/09/13.


"Capitão América" enviado por aquele que tudo sabe, tudo ouve e tudo lê, ele Obam... ops... Nick Fury. A missão: Onde estarão Batman (já encontrado) e Amarildo (ainda desaparecido)? Quais os próximos planos (leis) de Heil Cabral para o Reino do Rio de Janeiro? E... ler poesias! Sim, eu uso máscara sim e fodam-se leis inconstitucionais!


















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Obvious Lounge: Palavras, Películas e Cidades

Obvious Lounge: Palavras, Películas e Cidades
Agora também estamos no incrível espaço de cultura colaborativa que é a Obvious. Lá faremos nossas digressões sobre literatura, cinema e a vida nas cidades. Ficaram curiosos? É só clicar na imagem e vocês irão direto para lá!

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Palavras Sobre Qualquer Coisa - O livro!

Palavras Sobre Qualquer Coisa - O livro!
Para efetuar a compra do livro no site da Multifoco, é só clicar na imagem! Ou para comprar comigo, com uma linda dedicatória, é só me escrever um email, que está aqui no blog. Besos.

O autor

Vinícius Silva é poeta, escritor e professor, não necessariamente nesta mesma ordem. Doutor em planejamento urbano pelo IPPUR/UFRJ, cientista social e mestre em sociologia e antropologia formado também pela UFRJ. Foi professor da UFJF, da FAEDUC (Faculdade de Duque de Caxias), da Rede Estadual do Estado do Rio de Janeiro (SEEDUC) e atualmente é professor efetivo em sociologia do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Criou e administra o Blog PALAVRAS SOBRE QUALQUER COISA desde 2007, e em 2011 lançou o livro de mesmo nome pela Editora Multifoco. Possui o espaço literário "Palavras, Películas e Cidades" na plataforma Obvious Lounge. Já trabalhou em projetos de garantia de direitos humanos em ONG's como ISER, Instituto Promundo e Projeto Legal. Nascido em Nova Iguaçu, criado em Mesquita, morador de Belford Roxo. Lançou em 2015, pela Editora Kazuá, seu segundo livro de poesias: (in)contidos. Defensor e crítico do território conhecido como Baixada Fluminense.

O CULPADO OCUPANDO-SE DAS PALAVRAS

Contato

O email do blog: vinicius.fsilva@gmail.com

O PASSADO TAMBÉM MERECE SER (RE)LIDO

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