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domingo, 17 de agosto de 2008

Com a cabeça fora do lugar

A prova de que o post OBSERVAÇÃO 2 é pertinente foi o resultado da ginástica brasileira nas Olimpíadas de Pequim. Não, não sou daqueles que torcem contra. Torço pelo Brasil, torço por todos os atletas brasileiros, torço pela Jade, e pelos esportes que desconheço regras e técnicas.

Mas algo ficou claríssimo nestes Jogos, pelo menos para mim: O esporte não é só preparação física! Quando nossos dirigentes e COB irão perceber que a preparação psicológica é tão ou mais importante que o próprio preparo físico e técnico.

Ou alguém acha que a Jade ou o Diego não estavam preparados nos aspectos físicos ou técnicos? Nossos atletas NÃO ESTÃO PREPARADOS PARA A PRESSÃO, PARA SEREM FAVORITOS. Observo atletas pedindo desculpas quando perdem.

Será que não há ninguém em alguma comissão técnica que possa dizer para os atletas: VOCÊS NÃO SÃO O BRASIL!!! Vocês simplesmente "representam" uma bandeira, cores. Vocês possuem torcedores e só. As vitórias são individuais e a maior prova disso é o Michael Phelps.

Ele não nadou pelos EUA, ele nadou por ele. Porque foi ele quem treinou, se esforçou e foi ELE quem assumiu a condição de favorito. Phelps tinha a absoluta certeza de que era o melhor, e foi o melhor. Também tenho a absoluta certeza que ele e o seu país possuem o orgulho mútuo de um representar o outro.

Parece que é este o "fator" que falta aos nossos atletas. Nosso país, o Brasil, não oferece condições dignas para os atletas olímpicos se desenvolverem. O César Cielo treinou sabem onde? Nos EUA! E esta "desvantagem" em relação aos outros países poderia ser utilizada a favor de nossos atletas, da seguinte maneira: "Não tenho nem 1% das condições de um Phelps ou de qualquer outro atleta de um país desenvolvido, por isso... sou muito melhor do que eles, por estar aqui, e irei ganhar essa prova". Estou falando de atletas de alto nível, como nos esportes que temos alguma tradição, como o judô, o volei, o futebol, e um pouco menos a natação e agora a ginástica.

Por incrível que pareça o único esporte que parece não sentir muito isso é a seleção de futebol. Talvez pela nossa tradição e títulos, e pela pressão permanente que nossa seleção recebe. Os jogadores parecem saber internalizar o favoritismo, mas... NUNCA GANHAMOS A MEDALHA DE OURO NO FUTEBOL!

Eu torço, juro que torço. E acho que o Brasil irá ainda avançar muito no esporte de alto rendimento, e, espero, nos esportes individuais (esses sim ganham muitas medalhas). Mas infelizmente estamos a anos-luz de ser uma potência olímpica, e nossos principais problemas começam pela "cabeça".

Temos que, ainda, perder o complexo de vira-latas, como bradou Nelson Rodrigues em um dia triste de 1950.

Sociólogos, antropólogos e, principalmente, psicólogos, uni-vos!

Besos.

4 comentários:

Fessora disse...

Parece a psicologia desportiva ainda não é de conhecimento da seleção de ginástica...

palavras sobre qualquer coisa disse...

Ou de qualquer outra modalidade olímpica, pelo menos no Brasil.


Besos.

palavras sobre qualquer coisa disse...

Não podia deixar passar... cada vez mais estes posts têm se ratificado como pertinentes.

Levaremos mais 4 anos para tentar ganhar uma medalha de ouro no futebol masculino. Mas a avaliação da derrota é um pouco distinta do que expus neste post.

Perdemos para a Argentina não porque não tivemos preparo psicológico, ou porque amarelamos, perdemos porque o time deles é muito melhor do que o nosso. Ponto.


Besos.

palavras sobre qualquer coisa disse...

Ah... nossos problemas olímpicos e esportivos começam pela "cabeça" e terminam em outra parte do corpo humano... os "bolsos".


!Más Besos"

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O autor

Vinícius Silva é poeta, escritor e professor, não necessariamente nesta mesma ordem. Doutor em planejamento urbano pelo IPPUR/UFRJ, cientista social e mestre em sociologia e antropologia formado também pela UFRJ. Foi professor da UFJF, da FAEDUC (Faculdade de Duque de Caxias), da Rede Estadual do Estado do Rio de Janeiro (SEEDUC) e atualmente é professor efetivo em sociologia do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Criou e administra o Blog PALAVRAS SOBRE QUALQUER COISA desde 2007, e em 2011 lançou o livro de mesmo nome pela Editora Multifoco. Possui o espaço literário "Palavras, Películas e Cidades" na plataforma Obvious Lounge. Já trabalhou em projetos de garantia de direitos humanos em ONG's como ISER, Instituto Promundo e Projeto Legal. Nascido em Nova Iguaçu, criado em Mesquita, morador de Belford Roxo. Lançou em 2015, pela Editora Kazuá, seu segundo livro de poesias: (in)contidos. Defensor e crítico do território conhecido como Baixada Fluminense.

O CULPADO OCUPANDO-SE DAS PALAVRAS

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