Na verdade queria ter um aspecto de ostra, de hermético... de óculos e cabelos desgrenhados, da beleza invisível e da inteligência suprema.
Então acho que quero ser a síntese do homem despojado, o poder de fuga, de prazer, da beleza, do hedonismo... e ter uma inteligência suprema... mas não, não consigo ser nem um, nem outro.
Sou uma matéria amorfa do que pretendia ser, e ainda acho que sou o que há de melhor na humanidade. Que eu não seja nada então.
Seja o que ame no momento e o que eu ame odiar. E que construa meu ser para os outros e que os outros formem o que eu queira ser.
Então quero ser um ladrão de pessoas, de suas almas e inteligências, de suas belezas e saberes, de seus medos e horrores.
Quero ser o molde humano da mistura.
Mistura do sei.

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4 comentários:
uau! digno! ;*
Quanto amor, quanto ódio, quanto quero ser, não sou....
Reconstrução?
Sim. Acho que essa é a palavra de ordem: reconstrução! Para depois de construído, derrubar, e reconstruir de novo, e de novo, e de novo...
Vini, adorei seu blog, em especial este "tiro poético".
Que vc sempre continue esse amigo tão querido(nossa, dsd o Cefet!), essa pessoa ímpar e esse talentoso escritor.
Vejo que nunca perderá esse tom tão sarcástico e singular, irõnico e inteligente que sempre te foi marcante.
Vê se aparece!!!
bjks,
Cinthia
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