(in)contidos - O novo livro de Vinícius Fernandes da Silva do PSQC

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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Do maior amor do mundo



(para Carlos Diegues)


Não tenho mais medo da água fria.
Deixo-a escorrer sobre minha cabeça.

Choro as lágrimas de todo o mundo.

Do amor de colo morno de mãe.
Da dor do leito de morte.
Do riso do enlaçar dos dedos.
Do gozo ao encostar em teu peito.

Choro as lágrimas geladas
De quem sabe que o fim pode estar próximo,
Mas que o coração deve estar
Sempre quente.

Choro tudo o que tenho que chorar.
Pois prender as lágrimas somente nos impede de amar.
De sentir.
E de se dar.

Amo amar a todos.
Sim, amo a todos.
E por isso choro com vontade,
O maior amor do mundo

E me permito,
Agora,
E por fim.
Poder regressar.

Au revoir.




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segunda-feira, 24 de maio de 2010

quarta-feira, 28 de abril de 2010

notas




notas


Música cantada é filme.
Música tocada é livro.
Música encantada é vida.







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segunda-feira, 22 de março de 2010

vácuo




vácuo






Gosto de ouvir os sonhos dos outros, para poder completar os espacinhos vazios dos meus.






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pisca-pisca


Enquanto via a película.
A luz do abajur acendia apagava.

Apagava.
Acendia

O abajur não era lilás.
Era escarlate.

Enquanto a luz do monitor
Meu rosto refletia.

A luz de vez em quando brilhava, mas também

Apagava.
Acendia.

Acendia.
Apagava.

A luz não tinha tempo certo.
Não se iluminava em períodos estáveis.
A seu bel prazer decidia quando voltava e ia.

Enquanto assistia à fita.
A luz do abajur cor de sangue me encarava, me seguia.

E no momento em que meu sono não dormia.
Os barulhos dos carros passavam.
O sereno da noite baixava.
O suor do rosto escorria.

A luz encarnada do abajur garantia
Um doce
Reluzente
E animado
Pisca-pisca.

Pisca-pisca.


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segunda-feira, 8 de março de 2010

In Cantaria no SESC São Caetano




Para quem acompanha o PSQC e é de Sampa, aí vai uma dica imperdível:







música / especial

IN CANTARIA

O Projeto In Cantaria propõe o encontro de diversas linguagens artísticas em espetáculo interativo, com o tema "Arte e Cultura Popular". O grupo é formado por: Carmem Sanches (compositora e cantora), Joel Costa Mar (compositor e cantor), Maria Carolina (cantora e atriz) e Paulo Eduardo Silva (percussionista e cantor).
Grátis
Dia(s) 15/03, 29/03 Segundas, às 19h.

SESC São Caetano

sábado, 6 de março de 2010

sangue


Somos duplos marcados em líquido vermelho. Repetições imperfeitas dos mesmos seres, da mesma fórmula e fonte. Porém não somos iguais. Nunca seremos. Nosso afastamento é justamente o que nos diferencia como próprios, como únicos. Devemos nos odiar para depois nos amar. Amor vivido nas entrelinhas, escondidinho, para que o outro não saiba que podemos realmente dar nossas vidas por ele.

E como podemos, como podemos... A qualquer sinal de perigo a proteção forjada por hemácias, leucócitos, plaquetas e amor escaldado, se coloca aos dentes, à raiva pela defesa de quem é seu, de quem se faz escudo para um dos seus. E esse amor envergonhado para a maioria, e desenfreado para alguns, é eterno, imortal.

A paixão incontida dos melhores amigos de nascença sucumbe a vida, a morte, e se encontra perfeitamente nas memórias, nas lembranças, no desconhecido. Nunca poderemos esquecer um do outro, sempre nossas almas estarão ligadas em carne, espírito e sobrenomes. Em pés descalços de chuva, em brigas de rolar no chão, em abraços vibrantes de carinho, em saudades que põem as lágrimas a chorar.

E tudo que disse acima, tudo o que realmente quis dizer...

É que te amo, e simplesmente te amo.

Meu sangue.
Meu irmão.

(para meu irmão Augusto, meu primo Gilmar Baiense, in memoriam, e Alberto Coimbra Chaves, in memoriam)


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terça-feira, 2 de março de 2010

Dura vida, amarga batalha, por Luana Máximo


Isso tudo se passou comigo:

Nos caminhos que partilhamos.
Os rostos velhos e manchados.
Os ombros cansados e doídos.
As mãos machucadas e a má aparência.

São detalhes dessa vida de trabalho.
Amarga e dura.
E que tive que viver.

Para que meus filhos tivessem uma vida melhor no futuro,
Golpeei minha ansiedade de ir embora dali.
Pois se viver naquele lugar era ruim.
Pior seria viver sem saber pra onde ir.

O jeito era botar um sorriso no rosto.
E ir mentindo a minha dor.
Já que "a falta de esperança era um tormento por saber...

Que nada é justo e pouco é certo".*


* Citação à letra da canção Clarisse, de Renato Russo.

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Luana Máximo foi minha aluna na disciplina de Filosofia no ano de 2009 no curso de formação de professores (normal) do Instituto de Educação de Belford Roxo, vinculado à rede estadual de ensino do Rio de Janeiro. Luana Máximo tem 15 anos.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010


Observação 5:


O que fazer com um livro ruim?

Esta é uma questão que pode parecer fácil e até simples de responder, mas que me causa uma dificuldade imensa para enfrentá-la, e que ainda permanece.

Parece ser senso comum que nossas escolhas e "gostos" se definam pela construção de nossa identidade social e psíquica, e esta identidade é formada por elementos complexos. O contexto social, a educação dos pais, a educação formal e informal do próprio indivíduo, o acesso à cultura, o poder econômico. Esses diversos fatores (entre outros) podem ser resumidos citando-se um conceito de Pierre Bourdieu, que fala sobre o conjunto de elementos de nascença e as escolhas pessoais que definem o habitus de uma pessoa.

E tudo isso escrito acima para resumir uma percepção clara: Quando toca uma música que não gostamos, simplesmente a passamos no tocador; quando no radinho está a estação que detestamos, simplesmente mudamos seu número no dial; ou quando no cinema vamos às salas assistir ao que mais ou menos já sabemos o que encontrar.

Mas e quando esse produto cultural é um livro? Obviamente que podemos escolher um livro pela capa, e principalmente pelo autor, por quem o escreve.

Porém explico minha aflição. Ganhei um livro no final do ano passado. Um livro de um autor brasileiro, um best seller em vendas (não, não é o Paulo Coelho), e que sem problema algum decidi enfrentar. Acredito que livros são enfrentados, são desafios entre autores e leitores. Além disso não tenho nenhum problema com autores populares
. Leio desde Dan Brown a Saramago, passando por Clarice Lispector a Rubem Fonseca, sem problema algum.

A grande questão é que efetivamente o livro que ganhei era ruim, muito ruim. Tive a informação que era o segundo livro de uma trilogia, então imagino a porcaria que era o primeiro livro dessa trilogia. Personagens superficiais, história risível, trama boba, situações inverossímeis. Uma tentativa mal feita de trazer uma mensagem positiva para um mundo negativo, através de má literatura. É claro que a pessoa que me presenteou não sabia que eu não iria gostar da leitura. Um livro pode ser comprado pela capa, pelo título, pelo tema ou assunto, mesmo sem se conhecer muito bem seu autor. Neste caso houve uma associação entre o título do livro/presente e minha personalidade. O presenteador está completamente isento da responsabilidade pelo sucesso do presente. Um presente é sempre uma tentativa, um risco, às vezes se erra, porém todo presente é bem vindo, o lema do "o que vale a intenção" é verdadeira.

Porém um estranho fenômeno aconteceu. A história era ruim, os personagens eram mal construídos e a leitura era extremamente irritante. Mas como largar o livro. Ao meio? Sem terminá-lo? Passamos a música, não vemos o filme, trocamos de canal... mas como não terminar o livro? Lê-lo era quase um suplício, uma dor. Aquele objeto ocuparia um lugar em minha estante, tomaria o lugar de um livro melhor. Não poderia me desfazer do presente. Mas o que fazer com aquele maldito objeto?

Já comecei e parei de ler alguns livros. Mas nestes outros casos foi a pura percepção e intuição de que ainda não estava preparado para tal texto, ou tema, ou autor. Posteriormente voltei a estes livros, e os enfrentei, apesar de saber que em algum momento terei que voltar a alguns deles novamente. Mas com este recente livro/presente não foi o mesmo caso. E a persistência da angústia entre não querer lê-lo e acabar com o sofrimento e finalizá-lo logo para começar outra obra. E na continuação dessa questão que ainda me persegue, lanço a questão para os leitores do PSQC:

O que fazer com um livro ruim?


Besos.

Obs.: Já terminei o dito cujo.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Nuvem Negra (Djavan)




Nuvem Negra (Djavan)





Não há muito o que comentar,
mas se quiserem...
fiquem à vontade!



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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

domingo, 7 de fevereiro de 2010

tAMANHO

tAMANHO


Sou um poeta menor.





E meus cento e sessenta e três centímetros
estão aí para comprovar o que digo.



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happy



happy




Sou mais feliz em dias sem festas.
Por favor,
Afastem o Natal de mim.







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Obvious Lounge: Palavras, Películas e Cidades

Obvious Lounge: Palavras, Películas e Cidades
Agora também estamos no incrível espaço de cultura colaborativa que é a Obvious. Lá faremos nossas digressões sobre literatura, cinema e a vida nas cidades. Ficaram curiosos? É só clicar na imagem e vocês irão direto para lá!

(in)contidos - O novo livro de Vinícius Fernandes da Silva do PSQC

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Palavras Sobre Qualquer Coisa - O livro!

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Para efetuar a compra do livro no site da Multifoco, é só clicar na imagem! Ou para comprar comigo, com uma linda dedicatória, é só me escrever um email, que está aqui no blog. Besos.

O autor

Vinícius Silva é poeta, escritor e professor, não necessariamente nesta mesma ordem. Doutor em planejamento urbano pelo IPPUR/UFRJ, cientista social e mestre em sociologia e antropologia formado também pela UFRJ. Foi professor da UFJF, da FAEDUC (Faculdade de Duque de Caxias), da Rede Estadual do Estado do Rio de Janeiro (SEEDUC) e atualmente é professor efetivo em sociologia do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Criou e administra o Blog PALAVRAS SOBRE QUALQUER COISA desde 2007, e em 2011 lançou o livro de mesmo nome pela Editora Multifoco. Possui o espaço literário "Palavras, Películas e Cidades" na plataforma Obvious Lounge. Já trabalhou em projetos de garantia de direitos humanos em ONG's como ISER, Instituto Promundo e Projeto Legal. Nascido em Nova Iguaçu, criado em Mesquita, morador de Belford Roxo. Lançou em 2015, pela Editora Kazuá, seu segundo livro de poesias: (in)contidos. Defensor e crítico do território conhecido como Baixada Fluminense.

O CULPADO OCUPANDO-SE DAS PALAVRAS

Contato

O email do blog: vinicius.fsilva@gmail.com

O PASSADO TAMBÉM MERECE SER (RE)LIDO

AMIGOS DO PSQC

As mais lidas!