Do maior amor do mundo
(para Carlos Diegues)
Não tenho mais medo da água fria.
Deixo-a escorrer sobre minha cabeça.
Choro as lágrimas de todo o mundo.
Do amor de colo morno de mãe.
Da dor do leito de morte.
Do riso do enlaçar dos dedos.
Do gozo ao encostar em teu peito.
Choro as lágrimas geladas
De quem sabe que o fim pode estar próximo,
Mas que o coração deve estar
Sempre quente.
Choro tudo o que tenho que chorar.
Pois prender as lágrimas somente nos impede de amar.
De sentir.
E de se dar.
Amo amar a todos.
Sim, amo a todos.
E por isso choro com vontade,
O maior amor do mundo
E me permito,
Agora,
E por fim.
Poder regressar.
Au revoir.
 

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O autor
Vinícius Silva é poeta, escritor e professor, não necessariamente nesta mesma ordem. Doutor em planejamento urbano pelo IPPUR/UFRJ, cientista social e mestre em sociologia e antropologia formado também pela UFRJ. Foi professor da UFJF, da FAEDUC (Faculdade de Duque de Caxias), da Rede Estadual do Estado do Rio de Janeiro (SEEDUC) e atualmente é professor efetivo em sociologia do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Criou e administra o Blog PALAVRAS SOBRE QUALQUER COISA desde 2007, e em 2011 lançou o livro de mesmo nome pela Editora Multifoco. Possui o espaço literário "Palavras, Películas e Cidades" na plataforma Obvious Lounge. Já trabalhou em projetos de garantia de direitos humanos em ONG's como ISER, Instituto Promundo e Projeto Legal. Nascido em Nova Iguaçu, criado em Mesquita, morador de Belford Roxo. Lançou em 2015, pela Editora Kazuá, seu segundo livro de poesias: (in)contidos. Defensor e crítico do território conhecido como Baixada Fluminense.
 
 
Contato
O email do blog: vinicius.fsilva@gmail.com
 
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2 comentários:
Queria eu poder te rpalavras pra comentar esse poema.
Queria eu, ao mesmo tempo, poder dizer que AGORA posso regressar.
Sou tão cobrada, por mãe, irmã, outros e por eu mesma. Ainda tenho tanto pr aaprender e 'ensinar' pra conseguir chegar a esse estágio: 'regressar'.
Beijos.
Oi Vinicius,
Obrigado por esse lindo presente que me emocionou muito.
Você não sabe o bem que ele me fez.
Um grande e fraterno abraço,
Cacá.
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