E pela primeira vez chorei.
Lágrimas.
Gotejam em minha saliva o paladar salino de queima, em meu coração arde o amor que
derramei. É a mesma que eu mudo e quando te chamo, ao olhaste para trás, lhe peço perdão.
Perdão pelo que não fiz, mesmo que eu quisesse fazê-lo.
E ao dom da palavra que você disse recolho meu perdão.
Me vejo úmido pelas mesmas gotas salinas que me fizeram chorar pela segunda vez.
Vejo o sol, tão só.
Só o que é o sol.
O sol amado.
Um raio.
O que eu amo.
Um raio de sol.
Num só sol, ó meu raio amado.

Esta obra está licenciada sob uma
Licença Creative Commons.
Um comentário:
Esse também está meio abandonado de comentários. Mas esse texto é dois em um. Gosto da rima e da dramaticidade que ele propõe.
Besos.
Postar um comentário