Conheço Plínio da televisão, do programa Tons do Brasil, que era transmitido pela CNT Gazeta. O cantor e compositor dirigia e apresentava este programa musical recebendo convidados com obras conhecidas na música popular brasileira. Lembro que gostava da maneira como ele tocava seu piano e cantava afinadamente suas canções.
Pois bem... depois de tanto tempo e esquecimento de seu nome, tive a oportunidade de vê-lo ao vivo. E para minha surpresa o show que esperava que aconteceria acabou não se confirmando. Na verdade seu show foi uma palestra-musical, com a leitura de textos, poemas, estórias e o relato de sua própria história de vida.
Plínio é espírita (de linha kardecista) e isso é determinante para suas composições, forma e temática artística. Eu não sou espírita, e nem por isso abro mão de conhecer e reconhecer formas diversas de se tentar manifestar uma vida melhor.
A apresentação foi emocionante. Desde os primeiros acordes percebi que teria um baita trabalho para segurar as lágrimas durante a apresentação (e fracassei... elas rolaram*). O cantor e compositor é seguro, excelente pianista e possui uma técnica de oratória e controle de platéia impecáveis. Plínio é afinado e possui uma voz que projeta notas agudas, tem uma extensão tenor e detém um timbre aproximado ao do não menos bom cantor Zé Renato, de quem também gosto muito.
Sua temática primordial é o amor. Suas letras falam de amor e espiritualidade. A mensagem é com base em uma (re)conciliação da vida espiritual com a vida cotidiana.
Esta apresentação poderia ser encarada por muitos como uma palestra de auto-ajuda?
Sim.
Ou que seu repertório seria recheado de canções piegas e melosas?
Talvez sim.
Mas... e daí?
O que realmente posso dizer é que suas canções e oratória me emocionaram profundamente e geraram uma catarse de sentimentos que me deixou anestesiado. E isso é o mais importante para um artista, emocionar seu público, fazendo-o através da estética e conteúdos que escolheu para desenvolver seu trabalho e, assim sendo, ontem à tarde Plínio Oliveira conseguiu o objetivo que todo artista almeja: emocionou a mim e à minha família, parte de seu público naquele momento, e tenho certeza que emocionou a todos que estavam ali presentes.
E para quem quiser conhecê-lo, aí vai o link:
http://www.pliniooliveira.com.br
*Minhas lágrimas foram muito sinceras! Talvez seja melhor retirar o post aí de baixo...
Besos.
2 comentários:
oi vinicius
LI A resenha e gostei. Não terminei a leitura do livro ainda,pois estou correndo com outras leituras para o trabalho. Terminando a leitura, dou um grito. Quem sabe discutiremos mais o Estorvo, claro, se isso nao for um "estorvo"pra vc...rs
beijao
Caro Vinícius
Só hoje (02/09/09) tive acesso ao seu comentário sobre meu trabalho numa página do seu blog.
Estou profundamente admirado pela clareza com que me descreveu. Naturalmente, fiquei feliz com sua comparação com a voz do Zé Renato, que é um craque – um dia eu chego lá!
Mas o mais impressionante é que você conseguiu me ver exatamente como me vejo.
Acredite, também fico me achando piegas, exceto pelo fato de que tudo o que digo e canto é absolutamente sincero, e essa talvez seja minha salvação (rs).
Agradeço-lhe o texto lúcido e generoso.
Guardei-o de lembrança e, com sua autorização, o utilizarei quando me pedirem alguma informação sobre meu trabalho.
Você é muito talentoso com as palavras, e tem um bom coração.
Parabéns!
Abraços à sua mãe e felicidades!
Plínio Oliveira
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