Ela sorriu.
A profecia se completa mais uma vez.
O riso frouxo e alto retrata minha estupidez.
Ó tolo bobo, trêmulo de alguém.
Ela sorriu.
Não para mim, mas de mim, talvez.
Talvez como certeza, certeza clara e por vez.
Abro o coração para dentro, para ninguém.
Começar de novo é tão difícil, parar para ver o que fez.
E criar um novo amor, por dentro, e por quem?
Ela sorriu.
E um sorriso nunca doeu tanto.
Na verdade sorrisos são dores disfarçadas.
Disfarçamo-las de dentes e hálitos.
No fundo choramos o que não conseguimos com os
sorrisos gastos.
Então sorrio, sorrio como todos os outros.
Sorrio para que, talvez ou por vez, alguém ou ninguém me ouça.
Ela sorriu e eu ouvi.
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2 comentários:
Olá Vinicius,
Sou Clarissa fizemos aula juntos no Castelinho em 2006. Bem, suas poesias continuam muito interessantes. Esta me chama atenção pela sonoridade e como flui. Parece que veio de uma vez só, talvez essa seja a uma grande propriedade do poeta sobre a palavra. Um suor disfarçado pelo fluir. Já inclui na minha lista de blogs. Parabens!!!!
Abraços
Clarissa
Obrigado Clarissa! Acho que lembro de vc, quieta e tinha medo de mostrar suas coisas. Fico muito, mas muito feliz de saber que meu blog está na sua lista! Espero que vc me envie o seu blog... pois quero ler sua coisas. Está por dentro das atividades do grupo? Estou querendo mostrar a cara de novo, rs. Será sempre bem vinda por aqui!
Besos.
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