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quinta-feira, 25 de junho de 2009

Good Bye, Michael!


Morreu, hoje, um dos grandes.
Cheguei em casa e recebi a notícia de meu pai: "- Tá sabendo?"
Não, não estava.
Michael Jackson, aos 50 anos, tinha morrido fazia algumas horas antes.

É meio esquisito se achar próximo de alguém tão distante.
Jackson fez parte de minha infância.
Eu tinha a camisa do Michael Jackson, eu tinha a calça do Michael Jackson, eu tinha a sapatilha (!!!) do Michael Jackson. Foda-se para quem diga que era o início do consumo baseado em celebridades globalizadas. Meu pai comprou para mim as roupas, os vinis, e eu me amarrava, adorava.

Nunca acreditei que ele tivesse abusado de crianças.
E continuo não acreditando, mesmo depois de sua morte.
Michael Jackson foi um homem confuso, sem saber muito bem quem era.
Foi uma criança triste.

E também hoje, em meu trabalho cotidiano de ouvir tragédias alheias, tenho a absoluta certeza que uma violência crônica que alguém possa sofrer em uma época em que todos os seres humanos teriam a obrigação de serem felizes, a infância, pode transformar a vida de um homem, e de uma mulher, para sempre. Jackson, de fato, nunca foi feliz.

Fama?
Rios de dinheiro?
Balela!

Ele só queria ter sido criança para sempre, ter sua Neverland (que ele teve que vender pouco antes de morrer), se transformar na criança que ele nunca conseguiu ser quando deveria ter sido. Muito menino já era astro, já era estrela. Li a pouco que ele confidenciou a um amigo íntimo que fez todas aquelas horrendas plásticas para não ter o rosto parecido com o homem que tanto o fez sofrer: Seu próprio pai. E pelas crueldades e belezas da vida foi esse mesmo homem, seu pai, que acabou transformando-o no maior artista popular do mundo.

Michael Jackson foi o maior artista pop de todo o planeta Terra.

E quem faz um álbum como "Off The Wall" (produzido por Quincy Jones e lançado em 1979, ano em que nasci), só pode ser um dos grandes.

Sinceramente não sei porque escrevi tanto sobre Jackson. Talvez tenha sido porque ele fez lembrar de minha infância. Da infância feliz que eu tive e ele não. Mas da infância que ele ajudou também a alegrar.

Acho que é por isso.
Acho que é por isso que estou triste pra caralho pela sua morte.


E então digo:

Até logo meu distante amigo Michael Jackson!
E mande um beijo para a Billie Jean por mim.
See you later.

Good bye.



5 comentários:

Anônimo disse...

E aqui estou, mais uma vez lhe pertubando com meus comentários idotas. Desculpe-me, vou para, prometo.

Mas antes queria dizer que mais uma vez me arrepiei com o seu texto. Eu nunca tinha pensado de tal forma a respoeito de M. J. E, agora, vejo que pode ser verdade tudo o que escreveu, ele podia mesmo querer ser criança pra sempre, pra viver o que não pôde, pela fama e pelo pai. Nossa! Algo tão óbvooi de se pensar e nunca me veio em mente.
Só quando você colocou em palavras bem escritas que pude perceber isso. Obrigada. ^^

Beijos

Lara disse...

Só pra dizer quem escreveu a cima foi a Lara (cliquei o lugar errado).

palavras sobre qualquer coisa disse...

Pô Lara, por favor não pare de escrever e não diga que seus comentários são idiotas. Nenhum comentário é idiota, nenhuma opinião é supérflua. Você não sabe o quão feliz fico ao ler os comentários. E mais envaidecido em saber que existe alguém que gosta tanto dos meus textos.

Isso às vezes me dá até medo, rs.

Mais uma vez só posso te dizer: obrigado.

Besos.

Obs.: Não pare de comentar. Seus comentários não perturbam nada. Pelo contrário, me motivam.

Tathiana Treuffar disse...

Oi Vinicius!
Li seu texto. Achei-o sensível. Compartilho com você essa saudade da infância... (sempre ela!). Atráves da morte do ídolo, o renascimento do seu brilho e da nossa maravilhosa infância anos 80.
Engraçado, mas hoje senti uma saudade tão boa daqueles tempos de thriller e Billie Jean... Vi as imagens, com sorrisos nos lábios. Ele era incrível no palco! Lembrei de mim tentando imitar seus passos, meu primo com 3 anos imitando-o lindamente... e foi bom, pra mim foi bom, porque me devolveu a minha boa infância.
"Seu Michael" menino, me devolvendo a rua, a Tv, os amigos, os vinis, posters de um tempo onde ser criança era possível (pelo menos pra nós!)
um beijo carinhoso pra ti,
Tathi.

Anônimo disse...

fala Vini. 'É tão estranho,os bons morrem antes/jovens" Os versos de Renato Russo que servem tb p ele serve tb p Michael. O neverland que ele construi assim como a tentiva de ser o Peter Pan pop alimentaram em seus fãs um elemento presente, mas q td adulto tenta esconder em si: a infância. Infância responsável pela juventude msm aos 50 anos de nosso MJ,juventude responsável pelo meu sentimento d estranheza e perplexidade diante da morte de um ser tão luminoso,mas ñ iluminado(sempre infeliz?).Vinicius, suas palavras uniram as vozes q cmo MJ nunca irão silenciar. Abraços e viva o sempre Rei do pop. Jorge baiano do IEBR

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O autor

Vinícius Silva é poeta, escritor e professor, não necessariamente nesta mesma ordem. Doutor em planejamento urbano pelo IPPUR/UFRJ, cientista social e mestre em sociologia e antropologia formado também pela UFRJ. Foi professor da UFJF, da FAEDUC (Faculdade de Duque de Caxias), da Rede Estadual do Estado do Rio de Janeiro (SEEDUC) e atualmente é professor efetivo em sociologia do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Criou e administra o Blog PALAVRAS SOBRE QUALQUER COISA desde 2007, e em 2011 lançou o livro de mesmo nome pela Editora Multifoco. Possui o espaço literário "Palavras, Películas e Cidades" na plataforma Obvious Lounge. Já trabalhou em projetos de garantia de direitos humanos em ONG's como ISER, Instituto Promundo e Projeto Legal. Nascido em Nova Iguaçu, criado em Mesquita, morador de Belford Roxo. Lançou em 2015, pela Editora Kazuá, seu segundo livro de poesias: (in)contidos. Defensor e crítico do território conhecido como Baixada Fluminense.

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