Serquem?
Na verdade queria ter um aspecto de ostra, de hermético... de óculos e cabelos desgrenhados, da beleza invisível e da inteligência suprema.
Então acho que quero ser a síntese do homem despojado, o poder de fuga, de prazer, da beleza, do hedonismo... e ter uma inteligência suprema... mas não, não consigo ser nem um, nem outro.
Sou uma matéria amorfa do que pretendia ser, e ainda acho que sou o que há de melhor na humanidade. Que eu não seja nada então.
Seja o que ame no momento e o que eu ame odiar. E que construa meu ser para os outros e que os outros formem o que eu queira ser.
Então quero ser um ladrão de pessoas, de suas almas e inteligências, de suas belezas e saberes, de seus medos e horrores.
Quero ser o molde humano da mistura.
Mistura do sei.
Esta obra está licenciada sob uma
Licença Creative Commons.
O autor
Vinícius Silva é poeta, escritor e professor, não necessariamente nesta mesma ordem. Doutor em planejamento urbano pelo IPPUR/UFRJ, cientista social e mestre em sociologia e antropologia formado também pela UFRJ. Foi professor da UFJF, da FAEDUC (Faculdade de Duque de Caxias), da Rede Estadual do Estado do Rio de Janeiro (SEEDUC) e atualmente é professor efetivo em sociologia do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Criou e administra o Blog PALAVRAS SOBRE QUALQUER COISA desde 2007, e em 2011 lançou o livro de mesmo nome pela Editora Multifoco. Possui o espaço literário "Palavras, Películas e Cidades" na plataforma Obvious Lounge. Já trabalhou em projetos de garantia de direitos humanos em ONG's como ISER, Instituto Promundo e Projeto Legal. Nascido em Nova Iguaçu, criado em Mesquita, morador de Belford Roxo. Lançou em 2015, pela Editora Kazuá, seu segundo livro de poesias: (in)contidos. Defensor e crítico do território conhecido como Baixada Fluminense.
Contato
O email do blog: vinicius.fsilva@gmail.com
O PASSADO TAMBÉM MERECE SER (RE)LIDO
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4 comentários:
uau! digno! ;*
Quanto amor, quanto ódio, quanto quero ser, não sou....
Reconstrução?
Sim. Acho que essa é a palavra de ordem: reconstrução! Para depois de construído, derrubar, e reconstruir de novo, e de novo, e de novo...
Vini, adorei seu blog, em especial este "tiro poético".
Que vc sempre continue esse amigo tão querido(nossa, dsd o Cefet!), essa pessoa ímpar e esse talentoso escritor.
Vejo que nunca perderá esse tom tão sarcástico e singular, irõnico e inteligente que sempre te foi marcante.
Vê se aparece!!!
bjks,
Cinthia
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